15 de jul de 2024 às 11:24
O secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin foi designado pelo papa Francisco para uma visita aos católicos ucranianos de rito latino, que há dois anos sofrem com a guerra que começou com a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.
Em carta escrita hoje (13) em latim, o papa designou o cardeal Parolin como legado pontifício para a missa final da peregrinação nacional no Santuário Mariano de Berdychiv. A missa está marcada para o próximo domingo (21).
O papa Francisco destaca na carta a importância do santuário ao qual “há cerca de quatro séculos fiéis católicos de rito latino de várias regiões da Ucrânia e lugares vizinhos vêm em peregrinação”.
Os peregrinos, diante da venerada imagem da Mãe de Deus, “iniciam com confiança a sua peregrinação, especialmente neste momento desastroso e muito triste devido à fúria da guerra, para pedir a uma só voz o tão esperado dom da paz à dulcíssima Virgem Maria”, acrescenta o papa na carta.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), foram registradas mais de 32 mil vítimas civis, incluindo 11 mil mortes. Mais de 14,6 milhões de pessoas, 40% da população, vão precisar de assistência humanitária em 2024.
O cardeal Parolin estará acompanhado pelo padre Don Ruslan Mykhalkiv, reitor do seminário da diocese de Kiev-Zhytomyr, e pelo padre Don Andriy Lehovich, secretário do arcebispo de Lviv dos Latinos na Ucrânia.
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A carta do papa exortar os participantes da peregrinação a “implorar com orações fervorosas à Rainha da Paz pelo fim da guerra na Ucrânia e em todas as partes do mundo”.
Para o papa Francisco, a Virgem Maria “se destaca no mundo e na Igreja como uma incomparável mestra de paz em todas as gerações”.
Sobre o Santuário Mariano de Berdychiv
Segundo a carta, o templo localizado na cidade de Berdychiv obteve o status de santuário nacional em 2011 e é administrado pela Ordem dos Irmãos Descalços da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.
Milhares de fiéis católicos de rito latino, provenientes de diversas regiões da Ucrânia e de localidades vizinhas, têm vindo ao local para venerar a imagem de Nossa Senhora há cerca de quatro séculos.
