15 de jul de 2024 às 15:17
O homem de 50 anos que morreu baleado no sábado (13) no comício de campanha do ex-presidente americano Donald Trump, nos arredores de Pittsburgh, Pensilvânia, nos EUA, era um cristão devoto casado e pai de família. E "o melhor de nós", segundo sua família e o governador do Estado.
Corey Comperatore “ia à igreja todo domingo. Corey amava sua comunidade. De forma mais especial, Corey amava sua família”, disse o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, em coletiva de imprensa ontem (14).
O governador democrata disse a repórteres no norte de Pittsburgh que falou com a mulher e as duas filhas de Comperatore.
Comperatore era um “pai de menina” que trabalhava como bombeiro, disse Shapiro.
“Perguntei à mulher de Corey se estaria tudo bem se eu divulgasse o que conversamos. E ela disse que sim”, disse Shapiro no domingo.
“Ela também pediu que eu compartilhasse com todos vocês que Corey morreu como um herói. Que Corey mergulhou para proteger sua família ontem à noite no comício. Corey foi o melhor de nós. Que sua memória seja uma bênção.”
Comperatore era “um ávido apoiador do ex-presidente e estava muito animado por estar lá ontem à noite com ele em comunidade”, acrescentou o governador.
As bandeiras serão hasteadas a meio mastro no Estado por ele, disse Shapiro.
Comperatore era chefe do corpo de bombeiros voluntário de Buffalo Township, perto de Pittsburgh.
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Os perfis de Comperatore no LinkedIn e no Facebook dizem que ele era engenheiro de projetos e ferramentas de uma fábrica.
Uma publicação no Facebook feita no sábado (13) antes dos tiros pela mulher de Comperatore, Helen, disse que a família não estava sentada nas arquibancadas atrás do ex-presidente. Eles mudaram de lugar quando um oficial da campanha abordou a família e perguntou se eles queriam se sentar nas arquibancadas atrás de Trump.
Dawn Comperatore Schafer, que se identificou como irmã de Corey, escreveu no Facebook que o bombeiro “foi um herói que protegeu suas filhas. Sua mulher e filhas simplesmente viveram o impensável e o inimaginável. Meu irmãozinho acabou de fazer 50 anos e ainda tinha muita vida para experimentar.”
“O ódio por um homem tirou a vida do homem que mais amávamos”, disse ela. “O ódio não tem limites e o amor não tem limites. Ore por minha cunhada, sobrinhas, minha mãe, irmã, eu e seus sobrinhos e sobrinhas, pois isso parece um pesadelo terrível, mas sabemos que é nossa dolorosa realidade”.
Uma publicação da filha de Comperatore, Allyson, no Facebook, na qual ela chama o ocorrido de “um pesadelo da vida real”, circulou ontem (14) pela internet.
“O que deveria ser um dia emocionante que todos nós esperávamos (ESPECIALMENTE meu pai), se transformou nas experiências mais traumatizantes que alguém poderia imaginar”, escreveu ela.
Allyson chamou seu pai de “o melhor pai que uma garota poderia pedir”, acrescentando que ele “era um homem de Deus, amava Jesus intensamente e também cuidava de nossa igreja e de nossos membros como família”.
“A mídia não vai te contar que ele morreu como um super-herói da vida real. Eles não vão te contar o quão rápido ele jogou minha mãe e eu no chão”, disse Allyson.
“Eles não vão te dizer que ele protegeu meu corpo da bala que veio em nossa direção. Ele amava sua família. Ele realmente nos amou o suficiente para levar uma bala de verdade por nós. E eu não quero nada mais do que chorar nele e dizer obrigada. Eu não quero nada mais do que acordar e que isso não seja realidade para mim e minha família”, disse ela.