Basílica de São Pedro contrata mulheres para sua manutenção pela primeira vez

16 de jul de 2024 às 10:46

Duas mulheres foram contratadas para a equipe especializada de manutenção da basílica de São Pedro pela primeira vez em 500 anos de história, anunciou a Santa Sé.

Embora mulheres já tenham trabalhado na Fabbrica di San Pietro, departamento responsável pela manutenção, restauração e reparos da basílica, é a primeira vez que mulheres fazem parte oficialmente da equipe de "sanpietrini" responsáveis pela manutenção, segundo Vatican News, serviço de notícias da Santa Sé.

A equipe de manutenção tomou o nome “sanpietrini”, que também pode ser escrito como “sampietrini”, das pequenas pedras quadradas que pavimentam a praça de São Pedro e outras ruas históricas no centro de Roma.

Duas equipes de sanpietrini "trabalham simultaneamente todos os dias para cumprir suas principais tarefas de recepção, administração, limpeza e manutenção da Basílica do Vaticano e suas instalações, respectivamente", diz o site da basílica.

As duas mulheres italianas, de 21 e 26 anos, estudaram alvenaria e reboco decorativo e ornamental na Escola de Artes e Ofícios Tradicionais da basílica.

A escola foi criada em 2022 para formar novos trabalhadores. Os cursos, alojamento e alimentação são oferecidos sem custo aos alunos.

O padre Enzo Fortunato, diretor de comunicações da basílica de São Pedro, disse que a presença de mulheres na Fabbrica não é totalmente nova, mulheres mosaicistas trabalharam no estúdio de mosaicos da Santa Sé por muitos anos, mas a entrada delas na equipe dos sanpietrini é uma novidade.

Segundo o Vatican News, algumas mulheres e órfãos que herdaram negócios familiares de maridos ou pais que morreram também foram empregados pela Fabbrica no século XVI sob as mesmas condições do morto.

Nos últimos 50 anos, outras mulheres do ramo artístico foram contratadas pela Fabbrica, que foi fundada com o lançamento da pedra fundamental da basílica de São Pedro em 18 de abril de 1506.