A igreja em Juiz de Fora (MG) adotou a catequese matrimonial por acolhida em lugar do curso de noivos como forma de preparação para o sacramento do matrimônio.

A catequese matrimonial por acolhida entrou em vigor na arquidiocese em 1º de junho por decreto do arcebispo, dom Gil Antônio Moreira.

A prática atende orientações da CNBB baseadas na instrução do papa Francisco de que há "necessidade de um novo catecumenato que inclua todas as etapas do caminho sacramental: os tempos de preparação para o matrimônio, da sua celebração e dos anos seguintes", disse à ACI Digital o vigário episcopal para Vida e Família da arquidiocese, padre Laureandro Lima da Silva.

“A Igreja Católica há tempos tem se preocupado com a solidificação do sacramento do matrimônio desde a sua preparação”, disse o padre. Segundo ele, são João Paulo II, quando era bispo de Cracóvia “já promovia a preparação para o matrimônio com o acompanhamento dos casais por um ano” e que “isso não deve soar como uma surpresa para nós, mas como a percepção da verdadeira obediência às recomendações da nossa Igreja”.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

Uma catequese mais longa “permite ao casal um entendimento mais amplo acerca do que representa o sacramento do matrimônio, a responsabilidade dessa decisão e a reflexão sobre os diversos temas essenciais para a vida matrimonial que serão tratados durante os encontros, reduzindo-se, assim, as chances de que as crises na vida conjugal resultem em separação”, disse o sacerdote. “As preparações realizadas pelo curso de noivos, em finais de semana com poucas horas de duração não atingem o objetivo de formar, educar e gerar casais na fé e com consciência do verdadeiro sentido do matrimônio e de temas importantes como nulidades e impedimentos”, informou o padre.

A catequese matrimonial em Juiz de Fora acontecerá em reuniões quinzenais ou mensais, com duração aproximada de 1h30 cada encontro e com carga horária mínima de 18h total e deverá anteceder pelo menos seis meses a data do casamento.

Os temas abordados nos encontros serão sobre: conhecimento de si e do outro, diálogo e amizade, amor conjugal, sexualidade na vida matrimonial, planejamento familiar, sacramento do matrimônio, celebração litúrgica do matrimônio e seus aspectos jurídicos e canônicos, viver a fé na família, administração do lar, paternidade responsável, métodos naturais e educação dos filhos.”.