De castelos a catedrais: A agenda da viagem do papa Francisco a Luxemburgo e Bélgica

22 de jul de 2024 às 10:22

O papa Francisco vai passar quatro dias no final de setembro nos pequenos países europeus de Luxemburgo e Bélgica, onde vai cumprimentar líderes da realeza, primeiros-ministros, professores, estudantes e católicos em alguns palácios históricos, catedrais e universidades dos países.

O papa fará uma parada de um dia em Luxemburgo em 26 de setembro, antes de visitar três cidades na Bélgica por ocasião do 600º aniversário das universidades católicas de Louvain e Louvain-la-Neuve, de 26 a 29 de setembro.

A visita aos países europeus vai acontecer pouco menos de duas semanas depois de Francisco desembarcar em Roma ao final da viagem mais ambiciosa de seu pontificado: uma viagem de 12 dias à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.

Segue abaixo a programação completa da visita do papa Francisco a Luxemburgo e Bélgica:

Luxemburgo

O primeiro dia da viagem do papa Francisco será dedicado a visitar Luxemburgo, pequeno país sem litoral da Europa ocidental com uma população estimada de 672 mil pessoas.

Luxemburgo é sede de várias instituições da União Europeia, incluindo o Tribunal de Justiça da União Europeia, a mais alta autoridade judicial.

Depois de sua chegada, Francisco visitará o grão-duque de Luxemburgo, Henri, em sua residência oficial, o Palácio Grão-Ducal. A mulher de Henri, a grã-duquesa Maria Teresa, é uma das poucas mulheres católicas da realeza com o "privilège du blanc" (privilégio do branco, em francês), um privilégio papal que lhe permite usar branco ao encontrar-se com o papa.

O papa vai se reunir com o primeiro-ministro do grão-ducado antes de falar a membros do governo, da sociedade civil e do corpo diplomático em um prédio administrativo de Luxemburgo, o Cercle Cité.

Luxemburgo tem apenas um território eclesiástico: a arquidiocese de Luxemburgo, liderada pelo cardeal Jean-Claude Hollerich, relator-geral do Sínodo da Sinodalidade.

Estima-se que a arquidiocese tinha cerca de 457 mil católicos em 2021, o que representa 73% da população.

Depois do almoço em 26 de setembro, Francisco fará uma audiência com a comunidade católica luxemburguesa na catedral gótica de Notre-Dame, do século XVII, antes de pegar um voo de 55 minutos para o país vizinho, a Bélgica.

Bélgica

O castelo real de Laeken, em Bruxelas, construído no final do século XVII, é o palácio residencial do rei e da rainha da Bélgica. Desde 1999, é a residência do rei Philippe, da rainha Mathilde e sua família.

Francisco vai se encontrar com o rei Philippe no castelo na manhã de 27 de setembro. A mulher de Philippe, Mathilde, como rainha católica, também tem o "privilège du blanc" ao encontrar-se com o papa.

O breve encontro do papa com o rei da Bélgica será seguido por compromissos com o primeiro-ministro do país e outras autoridades governamentais.

A programação do dia será encerrada com um discurso do papa aos professores da Universidade Católica de Louvain (KU Leuven), uma universidade católica de pesquisa, para marcar o 600º aniversário de sua fundação. Na KU Leuven, as aulas são ministradas principalmente em holandês e um pouco de inglês.

Em seu segundo dia na Bélgica, o papa Francisco vai se reunir com membros do clero e religiosos e religiosas na Basílica Nacional do Sagrado Coração de Koekelberg, em Bruxelas.

Depois do almoço, o papa fará uma viagem de pouco menos de uma hora para visitar Louvain-la-Neuve, cidade universitária a cerca de 18 km a sudeste da capital.

A cidade abriga a Université catholique de Louvain, de língua francesa, que se separou da KU Leuven no fim da década de 1960.

O papa Francisco vai passar a tarde reunido com estudantes universitários em Louvain-la-Neuve antes de uma audiência privada com jesuítas no Colégio Saint Michel, em Bruxelas.

Em seu último dia na Holanda, em 29 de setembro, o papa vai celebrar a missa dominical no Estádio Rei Balduíno antes de partir para Roma pouco antes das 13h (horário local).