23 de jul de 2024 às 11:32
O arcebispo de Oviedo, Espanha, dom Jesús Sanz Montes, respondeu à líder socialista Adriana Lastra que o chamou de “ultradireitista” com uma mensagem publicada na rede social X:
“A senhora vem com slogans. Marcando o passo de sua ideologia. Ignorância atrevida que impõe temas, censura, ameaças e agenda. Dá lições quem pode, não quem quer. Amo demais a liberdade, aquela que deriva da Verdade, para recuar diante dos rótulos sincronizados”, escreveu o bispo.
Adriana Lastra tomou posse recentemente como delegada do governo nas Astúrias e tem uma longa carreira política no Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).
Lastra ocupou vários cargos no partido, como secretária-geral adjunta do partido e porta-voz do partido socialista no Congresso dos Deputados. Até sua recente nomeação como delegada do governo nas Astúrias, Lastra presidiu a Comissão do Pacto de Estado contra a Violência de Gênero.
Ao assumir o cargo, Lastra disse que dom Sanz desenvolveu um discurso “profundamente depreciativo, conflituoso, profundamente político e de extrema-direita”. Ela se refere-se a homilias do bispo todos os anos em 9 de setembro na missa celebrada no Santuário de Covadonga por ocasião da festa de Nossa Senhora de Covadonga, padroeira das Astúrias.
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Lastra disse que ainda não decidiu se vai participar da missa este ano, como está protocolado, mas que vai abordar o assunto no encontro institucional privado com dom Montes nos próximos dias:
“Espero que ele reconsidere. Vou me encontrar com o arcebispo e transmitirei isso a ele em particular. Tentarei ir aonde me convidarem, mas não irei aonde sei de antemão que a maioria dos asturianos e espanhóis serão insultados”, disse Lastra.
Dom Sanz Montes nasceu em Madri em 1955. Formado no Seminário Conciliar de Toledo, ingressou na ordem franciscana em 1981. Foi ordenado sacerdote cinco anos depois e ordenado bispo em 2003, quando foi nomeado bispo de Jaca e Huesca. É arcebispo de Oviedo desde janeiro de 2010. Foi membro da Comissão Permanente e da Comissão Executiva da Conferência Episcopal Espanhola.
Ao longo do seu trabalho apostólico, o bispo destaca-se por usar uma linguagem direta e denunciar os desvios de políticos da Doutrina Social da Igreja ou criticar decisões pastorais dentro da Igreja, tanto em suas cartas como em homilias e através das redes sociais.