A Conferência Venezuelana de Religiosos e Religiosas (CONVER) divulgou declaração que encoraja os cidadãos a “assumir e defender” o seu direito constitucional “de escolher com liberdade de consciência e decidir com responsabilidade os destinos” do país na eleição presidencial de domingo (28).

A nota da CONVER fala da importância da participação em massa e apelar aos venezuelanos a “defenderem o voto com civilidade” segundo o quadro constitucional do país.

Na quarta-feira passada (17), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse em um comício em Caracas: "O destino da Venezuela no século 21 depende da nossa vitória em 28 de julho. Se não querem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, vamos garantir o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo".

Maduro, que está no poder há 11 anos, aparece nas pesquisas atrás do candidato da oposição Edmundo González.

“Caminhando com fé ao lado do nosso povo, encorajamos todos os cidadãos a se comprometerem com um dia eleitoral em paz e harmonia, que ratifique o legítimo direito de viver em democracia, para que seja garantida a plena participação dos cidadãos, sem violar os direitos humanos de quem quer se expressar através do voto, para eleger a autoridade máxima que regerá os destinos da nossa nação”, disse a CONVER.

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“Como cidadãos e cristãos, somos marcados pelo desejo de viver a fraternidade universal dos filhos e filhas de Deus anunciada por Jesus Cristo”, acrescentou a CONVER.

Os religiosos aderiram “à tarefa urgente de serem construtores de paz, através da oração e da ação” e pediram para ignorar “os que querem semear o medo e a confusão para desmobilizar os cidadãos”.

“Cultivar a paz interior, a sanidade e a força é um sinal visível da nossa fé, que não admite o caminho da violência”, disseram os religiosos.

Nesse sentido, convidaram a viver os dias que antecedem as eleições “numa chave de discernimento” e reforçaram o desejo de que o resultado eleitoral nos permita construir uma Venezuela “onde ninguém se sinta excluído”.