29 de jul de 2024 às 09:51
Os fiéis da Cidade Eterna celebram Nossa Senhora do Carmo, venerada em Roma como Madonna dei Noantri ou Madonna Fiumarola, por cerca de dez dias com diferentes manifestações de piedade popular.
Depois da procissão pelas ruas do bairro de Trastevere ter ocorrido em 20 de julho, e ontem (28), centenas de pessoas chegaram às margens do rio Tibre para acompanhar o barco que transportava a imagem de Nossa Senhora.
Este ano, a procissão solene contou com a presença do Secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, que há poucos dias retornou de sua viagem à Ucrânia.
A origem da "Madonna dei Noantri"
O culto de Nossa Senhora do Carmo em Roma tem sua origem em 1535, quando, segundo a história, alguns pescadores encontraram uma estátua de Nossa Senhora feita de madeira de cedro na foz do rio depois de uma grande tempestade e a doaram aos carmelitas que estavam na igreja de San Crisógono.
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Mais tarde, a imagem foi transferida primeiro para a igreja de San Giovanni dei Genovesi e depois, no século XX, para a igreja de Sant'Agata, onde é mantida atualmente, tornando-se assim a padroeira dos habitantes de Trastevere, bairro romano cujo nome significa "atrás do rio".
A imagem mariana é transportada para fora da igreja apenas uma vez por ano, no sábado seguinte à festa de Nossa Senhora do Carmo, celebrada em 16 de julho, e retorna ao templo depois de uma procissão solene no domingo seguinte ao longo do rio Tibre.
Essa festa é uma das mais antigas de Roma e é muito esperada por seus habitantes durante todo o ano, especialmente pelos moradores do bairro de Trastevere, que usam o termo Noantri (o resto de nós) para lembrar seu pertencimento a Roma além do rio Tibre.
