1 de ago de 2024 às 16:35
A Fundação Espanhola de Advogados Cristãos apresentou uma queixa contra a França à Comissão Europeia e à Organização das Nações Unidas (ONU) por cenas de conteúdo blasfemo sobre a Última Ceia feitas por um grupo de drag queens durante a cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris 2024 na última sexta-feira (26).
A denúncia alega que o show violou artigos da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. O artigo 10 garante a liberdade de pensamento, consciência e religião, o artigo 21 trata do direito à não-discriminação, e o artigo 22 protege a diversidade cultural, religiosa e linguística.
A entidade de juristas espanhóis apresentou outra queixa ao gabinete da relatora especial da ONU para a liberdade religiosa, Nazila Ghanea, alegando violação do artigo 2.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A denúncia à ONU também considera violados os artigos 2.º e 26 do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos ,ratificado pela França. Esses artigos referem-se ao compromisso dos Estados signatários de respeitar e tornar efetivos os direitos contidos no texto e de garantir que a lei proibirá toda discriminação.
A queixa à ONU argumenta que a Declaração sobre a Eliminação de Todas as Formas de Intolerância e Discriminação Baseadas na Religião ou Convicções nos seus artigos 2º, 3º e 4º foi violada.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
A Fundação Espanhola de Advogados Cristãos apresentou à sede do Comitê Olímpico Internacional na Suíça mais de 100 mil assinaturas recolhidas em apenas algumas horas pedindo sanções aos organizadores dos Jogos de Paris.
Para Poland Castellanos, presidente da entidade jurídica espanhola, “se o ataque sem precedentes contra os cristãos ocorrido nos Jogos Olímpicos de França não tiver consequências e os responsáveis não forem punidos, estamos expostos a que se repita nos próximos Jogos Olímpicos e em qualquer ocasião”, segundo comunicado enviado à mídia.
Castellanos destaca, ao concluir, que “devemos parar, antes que seja tarde demais, o aumento da cristofobia na Europa”.