Por Jonah McKeown
9 de ago de 2024 às 14:40
A Igreja celebra hoje (9) a festa de santa Teresa Benedita da Cruz, que no século se chamava Edith Stein. Convertida do judaísmo aos 30 anos, ela entrou na ordem carmelita e morreu no campo de extermínio nazista de Auschwitz em 1942.
Santa Teresa Benedita era filósofa antes de sua conversão, que se concretizou com a leitura do Livro da Vida de santa Teresa de Ávila. Ela lecionou em uma universidade antes de se tornar carmelita e continuou a estudar e ensinar, completando antes de sua morte um estudo do santo carmelita são João da Cruz chamado A Ciência da Cruz.
O papa são João Paulo II canonizou Teresa Benedita da Cruz em 1998 e a proclamou co-padroeira da Europa no ano seguinte.
Há uma iniciativa para proclamar santa Teresa Benedita doutora da Igreja. As carmelitas descalças fizeram um pedido oficial à Santa Sé em abril e propôs a ela o título de doctora veritatis (doutora da verdade, em latim) por causa de sua busca intelectual incansável da verdade em Jesus Cristo. Santa Teresa de Ávila, reformadora da ordem, e são João da Cruz, seu companheiro nessa tarefa, também são doutores da Igreja.
Se santa Teresa Benedita for nomeada doutora da Igreja, ela se juntaria a outros 37 santos com esse título, quatro dos quais são mulheres: santa Teresa de Ávila, santa Catarina de Sena, santa Teresinha do Menino Jesus e santa Hildegarda de Bingen. Ela seria a segunda doutora e mártir da Igreja, junto com de santo Irineu de Lyon.
Ela também seria a terceira Teresa entre cinco doutoras.
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O que é um doutor da Igreja?
O título de "doutor da Igreja" reconhece homens e mulheres canonizados que tinham profundo conhecimento, foram excelentes professores e contribuíram significativamente para a teologia da Igreja.
Tradicionalmente, o título de doutor da Igreja é concedido com base em três requisitos: a santidade manifesta de um candidato afirmada por sua canonização como santo; a eminência da pessoa na doutrina demonstrada ao deixar um corpo de doutrinas que fez contribuições significativas e duradouras para a vida da Igreja; e uma declaração formal da Igreja, geralmente por um papa.
A lista de mais de três dúzias de doutores da Igreja inclui alguns dos santos católicos mais conhecidos e reverenciados, como santo Agostinho, santo Tomás de Aquino, são Jerônimo, santo Antônio de Pádua e são Francisco de Sales.
O mais recente santo a ser nomeado doutor da Igreja foi santo Irineu de Lyon, com o título de doctor unitatis (doutor da unidade, em latim), em 2022. O papa Francisco já havia nomeado em 2015 como doutor da Igreja são Gregório de Narek, padre, monge, místico e poeta do século X amado entre os cristãos armênios.
Entre católicos que viveram nos tempos modernos, houve pedidos para que são João Paulo II, são João Henry Newman e o papa Bento XVI fossem nomeados doutores da Igreja, embora a causa de santidade do papa Bento XVI ainda não tenha sido aberta.
