Luis Fernando Figari Rodrigo, fundador do Sodalício de Vida Cristã (SCV), foi expulso da sociedade de vida apostólica por decisão da Santa Sé por causa de abuso sexuais e de autoridade, informou hoje (14) a Conferência Episcopal Peruana (CEP).

Em comunicado publicado em seu site, a CEP diz que o Dicastério para a Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica expulsou Ficari, leigo de 77 anos, do SCV "de acordo com o cânone 746 do Código de Direito Canônico”.

Figari fundou o Sodalício no Peru em 1971. A sociedade de vida apostólica está atualmente presente em vários países da América e na Itália.

Em 2015, os jornalistas Pedro Salinas e Paola Ugaz publicaram o livro Mitad Monjes, Mitad Soldados, em que acusavam Figari e outros membros do SCV de abusos sexuais e de poder.

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No ano seguinte, a Santa Sé nomeou o então arcebispo de Indianápolis, EUA, cardeal Joseph Tobin, como delegado do SCV. Uma de suas funções era ajudar a tomar decisões “sobre as acusações feitas contra o fundador”.

Em fevereiro de 2017, a Santa Sé proibiu Figari de voltar ao Peru e de ter contato com qualquer membro da sociedade de vida apostólica. A Santa Sé chegou à convicção de que, enquanto era superior geral, o fundador do SCV foi autoritário e cometeu “atos contrários ao VI [Sexto] Mandamento”, que cobre os pecados contra a castidade.

Dias depois, o SCV apresentou seu relatório que identificava Figari, Germán Doig, vigário geral que morreu em 2001, e outros ex-sodálites como abusadores.