Em uma reunião com um grupo de bispos católicos, o Primeiro-ministro paquistanês, Shaukat Aziz, prometeu hoje proteção às minorias religiosas desta República islâmica, depois do incêndio de uma igreja em protesto pelas caricaturas de Maomé.

Durante a reunião de hoje em sua residência de Islamabad, o Primeiro-ministro ressaltou a lealdade dos cidadãos católicos no Paquistão, que têm feito contribuições de grande valor em diferentes âmbitos sociais. Deste modo anunciou a criação de comitês de coordenação nos bairros para proteger a convivência pacífica entre os seguidores das diversas crenças e assinalou que assim se busca promover a tolerância e harmonia. Estes comitês estarão formados por nazims (chefes de distrito), representantes do Governo e membros de todas as religiões.

O Primeiro-ministro assegurou à delegação de bispos católicos, que as agências de segurança do país procuram os responsáveis pelo incêndio, no domingo, de uma igreja católica no Sukkur (sul do Paquistão) em protesto pelas caricaturas de Maomé; e prometeu um castigo exemplar uma vez que forem detidos. "Não se permitirá a ninguém fazer justiça pelas próprias mãos", disse o Primeiro-ministro aos bispos.

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Conforme lembrou Aziz, a Constituição do Paquistão garante a liberdade religiosa e a proteção por parte do Governo dos lugares de culto de todas as confissões.

No dia 19 de fevereiro mais de 400 paquistaneses se manifestaram contra as polêmicas charges publicadas na Europa, e saquearam e atearam fogo em uma igreja na cidade de Sukkur, no estado de Sindh.