Eva Edl, de 89 anos, e outros seis ativistas pró-vida foram condenados por bloquear o acesso a uma clínica de aborto em Michigan, EUA. Edl é sobrevivente de um campo de prisioneiros da Iugoslávia comunista que fugiu da Europa oriental para os EUA.

Ela e os demais réus foram condenados por “bloqueio de uma clínica de saúde reprodutiva em Sterling Heights, Michigan” em 27 de agosto de 2020, disse o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ, na sigla em inglês) em comunicado à imprensa na terça-feira (20).

Os manifestantes foram condenados por conspiração criminosa contra direitos e por violar a Lei de Liberdade de Acesso às Entradas de Clínicas (FACE, na sigla em inglês), disse o governo.

Kristen Clarke, procuradora-geral assistente da divisão de direitos civis do Departamento de Justiça, alegou que os ativistas pró-vida "orquestraram um bloqueio ilegal de clínicas e obstruíram fisicamente pacientes que buscavam acesso aos seus médicos, sem levar em conta as sérias necessidades médicas das mulheres que eles impediram de ter acesso cuidados de saúde reprodutiva".

Os réus — Calvin Zastrow, Chester Gallagher, Heather Idoni, Caroline Davis, Joel Curry, Justin Phillips, Eva Edl e Eva Zastrow — tiveram como “propósito expresso bloquear uma clínica de saúde reprodutiva”, disse o Departamento de Justiça.

O governo Biden processou vários casos da Lei FACE nos últimos anos, aplicando sentenças de prisão a homens e mulheres que tentaram bloquear o acesso a clínicas de aborto em todo o país.

Alguns dos ativistas considerados culpados esta semana, incluindo Eva Edl, também foram considerados culpados no início do ano por um bloqueio semelhante a uma clínica de aborto no Tennessee em 2021. Edl ainda não recebeu a sentença por essa condenação.

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No ano passado, vários ativistas pró-vida foram condenados sob a Lei FACE por uma manifestação em outubro de 2020 na Washington Surgi-Clinic, clínica de aborto dirigida por Cesare Santangelo em Washington, D.C.

A ativista pró-vida Lauren Handy, de 30 anos, foi condenada em maio a quatro anos e nove meses de prisão por organizar o protesto.

Vários outros manifestantes pegaram penas de prisão que variavam de dois a três anos.

Chip Roy, deputado republicano do Texas, e 25 republicanos da Câmara apresentaram no ano passado uma resolução para revogar a Lei FACE, argumentando que o governo Biden havia "aparelhado descaradamente a Lei FACE contra americanos normais e comuns em todo o espectro político, simplesmente porque eles são pró-vida".

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu libertar pró-vidas condenados à prisão se for reeleito presidente em novembro.

“Muitas pessoas estão na prisão por isso... Vamos resolver isso imediatamente — [no] primeiro dia”, disse ele à organização conservadora Faith and Freedom Coalition em junho.