Em um comunicado emitido hoje, a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) declinou escolher um membro do comitê de candidatura que escolherá os membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE); e exortou a que os membros deste último sejam "reitores competentes, independentes e honestos".

Os prelados venezuelanos declinaram designar uma pessoa que terá a missão junto com um comitê, de eleger aos membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e exortou a que os membros que forem designados sejam "competentes, independentes e honestos e que garantam um processo eleitoral limpo, transparente e democrático".

Também fizeram um chamado aos responsáveis por escolher os membros do CNE, para que escolham pessoas que por "sua solvência e credibilidade moral, garantam aos venezuelanos e venezuelanas que no próximo mês de dezembro" possam "depositar seu voto com tranqüilidade, confiança e segurança".

"Nosso interesse se funda além disso na convicção de que a democracia venezuelana vive um momento histórico de particular relevância que reclama por parte de todas as organizações e instituições do país um esforço conjunto, uma participação ativa e vigilante para que se obtenha um acordo fundamental que garanta o desenvolvimento pacífico e confiável do processo eleitoral em todas suas etapas", asseguraram os bispos venezuelanos.

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Os prelados explicaram que devem abster-se de designar a alguém para o comitê de candidaturas posto que "se trata de um ato próprio de potestade civil e é, por conseguinte, à sociedade civil, através de suas redes e organizações, a quem corresponde intervir" neste assunto.

Do mesmo modo, destacaram que "todos os leigos e leigas católicos, tanto os que participam do processo de candidatura como os que integrarão próximo o comitê de candidaturas e posteriormente o mesmo Conselho Nacional Eleitoral, têm também um mandato e uma responsabilidade eclesiástica que cumprir perante Deus, sua consciência e seu país sem que seja necessário para isso uma designação explícita e pontual da hierarquia".

Embora o Episcopado venezuelano se abstenha de participar deste comitê de candidaturas, assinala que "promoveremos a constituição de uma Comissão assessora interdisciplinar, integrada por pessoas com autoridade moral, dirigida pela Presidência (da CEV) e coordenada pelas Comissões Episcopais de Doutrina, Pastoral Social-Cáritas e Leigos", cuja missão será facilitar encontros que contribuam para gerar um ambiente propício ao desenvolvimento confiável e transparente das próximas eleições.

O documento está assinado pelo Arcebispo de Maracaibo e Presidente da CEV, Dom Ubaldo R. Santana Sequera; os duas Vice-presidentes do organismo; Dom. Jorge Urosa e Dom. Ramón Viloria; e o Secretário da instituição, Dom. Ramón Viloria Pinzón.