O papa Francisco enviou uma mensagem aos líderes da Associação de Guias e Escoteiros Católicos Italianos (Agesci, na sigla em italiano), aos quais encorajou a educar principalmente com a vida, e não com palavras.

No início da sua mensagem, o papa exortou-os a buscar "um novo entusiasmo da fé em Jesus, mestre e amigo, para continuar com alegria o caminho humano e espiritual dentro da Igreja, testemunhando o Evangelho na sociedade”.

O papa disse desejar que as jornadas de reflexão, que terminaram ontem (25) em Verona, Itália, suscitem a consciência do quão delicado é o “compromisso educacional” dos líderes de escoteiros “junto às crianças, adolescentes e jovens que devem ser acompanhados com sabedoria e apoiados com afeto”.

Isso, segundo o papa, exige uma formação de qualidade para “aqueles que são chamados a cumprir essa importante missão: antes de tudo, a disposição para ouvir e ter empatia com os outros, como uma área na qual a evangelização germina e dá frutos”.

Para o papa, “trata-se de desenvolver a capacidade de escuta e a arte do diálogo, que estão naturalmente ancoradas numa vida de oração, onde se entra em diálogo com o Senhor, se faz uma pausa na sua presença para aprender dEle o arte do amor doado, para que pouco a pouco a própria existência entre em sintonia com o coração do Mestre”.

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Depois, Francisco destacou que a formação é necessária para o “desafio missionário”, tal como Jesus fez com os apóstolos através das “intervenções formativas” que se leem no Evangelho.

Francisco destacou o impacto formativo da vida e do comportamento dos formadores, que “educam principalmente com a vida, e não com palavras”.

“A vida do formador, o seu constante crescimento humano e espiritual como discípulo de Cristo, sustentado pela graça de Deus, é um fator fundamental à sua disposição para tornar eficaz o seu serviço às jovens gerações. Na verdade, a sua própria vida testemunha o que as suas palavras e obras pretendem transmitir no diálogo e no acompanhamento formativo”, disse ele.

O papa referiu-se a essa associação como uma “importante realidade educativa na Igreja” e encorajou os seus membros a torná-la “uma academia de vida cristã, oportunidade de comunhão fraterna, escola de serviço ao próximo, especialmente aos mais desfavorecidos e necessitados”.

“Não se deixem paralisar pelas dificuldades, mas partam sempre em busca do projeto que Deus tem para cada um”, concluiu Francisco.