O papa Francisco disse em mensagem aos participantes do XVII Simpósio Intercristão, que o modo “como os homens e as mulheres de hoje compreendem as experiências fundamentais da sua existência, como o gerar, o nascer, o morrer, está mudando estruturalmente”. Para Francisco, não se deve reagir a essa “revolução antropológica” apenas “com a negação e com a crítica”.

A conferência, promovida pelo Instituto Franciscano de Espiritualidade da Pontifícia Universidade Antonianum, de Roma, e pelo Departamento de Teologia da Faculdade Teológica Ortodoxa da Universidade Aristóteles de Tessalônica, Grécia, ocorre de hoje (28) a sexta-feira (30) em Trani, Itália, com o tema “O que é o homem?” (cf Sl. 8:4).

Em mensagem ao cardeal Kurt Koch, prefeito do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, o papa disse que a humanidade vive atualmente uma “verdadeira revolução”, como o surgimento da inteligência artificial, ou os “incríveis desenvolvimentos nas ciências”.

Esses avanços, para o papa, obrigam as pessoas a “repensar sua identidade, o seu papel no mundo e na sociedade e a sua vocação à transcendência”.

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“A especificidade do ser humano em toda a criação, a sua singularidade em relação aos outros animais e até mesmo a sua relação com as máquinas estão sendo constantemente questionadas”, disse Francisco.

“À luz da doutrina da Sagrada Escritura e da Tradição Cristã, é necessário reafirmar que todo ser humano é dotado de dignidade pelo simples fato de existir, como entidade espiritual, criada por Deus e destinada a uma relação filial com Ele (cf. Ef 1:4-5)”, disse o papa. “Independentemente de agir ou não de acordo com a sua dignidade, das situações socioeconômicas em que vive ou das suas condições existenciais”.

O papa também disse que “a defesa dessa dignidade contra ameaças muito específicas como a pobreza, a guerra, a exploração e outras, é um compromisso comum no qual todas as Igrejas devem trabalhar juntas”.