Um professor irlandês no centro de uma controvérsia sobre pronomes de pessoas que se identificam com o sexo oposto foi preso pela terceira vez ontem (2) por desafiar uma ordem judicial de ficar longe da escola que o demitiu.

O Tribunal Superior em Dublin, capital da Irlanda, ordenou a prisão de Enoch Burke por desacato depois dele persistir em comparecer ao Wilson's Hospital School, no condado de Westmeath, violando uma liminar que o impedia de entrar no local, informou o jornal Irish Times.

Burke é cristão evangélico. Ele foi suspenso em agosto de 2022 por se recusar a usar os pronomes preferidos de um aluno que se identifica com o sexo oposto. Embora tenha sido posteriormente demitido, ele apelou contra demissão e, segundo o Irish Times, continua na folha de pagamento da escola à espera da decisão judicial.

O juiz Michael Quinn decidiu ontem (2) que Burke estava em "desacato contínuo" às ordens judiciais anteriores e deve permanecer encarcerado na Prisão de Mountjoy até que concorde em obedecer, disse o Irish Times.

Burke acusou o tribunal de violar seus direitos religiosos durante os procedimentos de ontem (2). “Isso é uma zombaria da justiça”, ele disse ao juiz Quinn, argumentando que suas crenças cristãs sobre gênero estavam sendo condenadas, segundo o canal britânico Sky News.

O professor já passou mais de 400 dias na prisão durante duas prisões anteriores por decisões semelhantes de desacato.

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A libertação mais recente de Burke ocorreu no final de junho, quando a escola fechou para as férias de verão, informou a rede pública de comunicação irlandesa RTÉ.

Burke divulgou em vídeo na época: “Estou aqui há 400 dias consecutivos e dois anos da minha vida foram tirados de mim”.

O Wilson's Hospital School é um internato a cerca de 88 km a oeste de Dublin que diz ter orgulho de sua herança na Igreja da Irlanda e de “fomentar a prática e o ensino cristãos”.

O conselho da escola mista pediu a prisão de Burke depois que ele voltou a frequentar o campus quando o novo semestre começou em 22 de agosto.

Burke continua a dizer que sua demissão é inválida, citando o recurso pendente. Segundo o jornal Irish Independent, a liderança da escola alega que sua presença perturba a equipe e os alunos.

Uma audiência de revisão diante dos tribunais está marcada para 11 de outubro.