"Este ano, em homenagem e gratidão a vocês, vou decretar o Natal para o dia primeiro de outubro", disse o presidente da Venezuela Nicolás Maduro, em rede de televisão nacional na segunda-feira (2). "Para todos, o Natal chegou com paz, felicidade e segurança".

A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) publicou um comunicado ontem (3) dizendo que o Natal "não deve ser usado para fins de propaganda, nem para fins políticos específicos".

"O Natal é uma celebração universal que comemora o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. A forma e o momento de sua celebração são de responsabilidade da autoridade eclesiástica, que garante que o verdadeiro espírito e significado deste evento de riqueza espiritual e histórica seja mantido, pois marca o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo", disse a CEV. A CEV disse que o tempo de Natal começa em 25 de dezembro e termina no dia da Epifania do Senhor, todo dia 6 de janeiro. "Para nos preparar para o Natal, a liturgia nos oferece o tempo do Advento, que, este ano, começa em 1º de dezembro", concluiu a CEV.

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Não é a primeira vez que o regime chavista faz isso. Em 2019, 2020 e 2021 o regime também decretou o "adiantamento" do Natal, segundo o jornal espanhol El Mundo.

O anúncio de Maduro foi divulgado poucas horas depois da justiça venezuelana emitir mandado de prisão contra Edmundo González Urrutia, líder da oposição venezuelana, que alega ter vencido as eleições presidenciais de 28 de julho. Registros eleitorais publicados pela oposição dão resultado radicalmente diferente do anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que deu Maduro como vencedor.