A campanha de Donald Trump para a presidência dos EUA deste ano lançou ontem (4) a coalizão Catholics for Trump (Católicos por Trump), que enfatiza a defesa da liberdade religiosa, dos valores tradicionais e da santidade da vida humana como prioridades da agenda do candidato do Partido Republicano.

A coalizão, que pretende reunir o apoio católico ao ex-presidente dos EUA, busca mostrar um contraste entre Trump e sua oponente, a vice-presidente dos EUA e candidata do Partido Democrata, Kamala Harris, em questões-chave que são importantes para os católicos.

Segundo a declaração de missão da coalizão, a Catholics for Trump se compromete "a salvaguardar os princípios vitais da liberdade religiosa e da santidade da vida que o presidente Donald J. Trump defendeu ardentemente".

"Sob a liderança do presidente Trump, nossa nação testemunhou um apoio sem precedentes às liberdades religiosas, com vitórias significativas tanto nacional quanto globalmente", dizia a declaração de missão. "O presidente Trump restaurou as proteções para organizações religiosas e reforçou os direitos das instituições religiosas contra os excessos governamentais".

A declaração de missão da coalizão também disse que Trump "defendeu inabalavelmente os valores tradicionais e a santidade da vida humana" e que a coalizão "está com o presidente Trump para continuar a construir uma nação onde os direitos de cada indivíduo de praticar sua fé livremente sejam protegidos".

Matt Schlapp, presidente da União Conservadora Americana, e sua esposa, Mercedes Schlapp, que trabalhou no governo Trump, disseram em comunicado conjunto que Trump "continuará a defender nossas liberdades religiosas e nossos valores consagrados na fé e na família".

 

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

"Vimos Kamala Harris atacar os indicados católicos do presidente Trump à Suprema Corte, que tiveram que enfrentar perguntas hostis e injustas quando ela era membro do Comitê Judiciário do Senado", dizia o comunicado. "Ela era especialmente intolerante com qualquer pessoa associada aos Cavaleiros de Colombo. Harris também foi cúmplice da infiltração fascista do FBI nas paróquias católicas que rezam missa em latim”.

Matt e Mercedes Schlapp, ambos católicos, também estiveram envolvidos na coalizão Catholics for Trump de 2020.

Durante sua campanha presidencial deste ano, Trump tem tentado atrair eleitores católicos e outros eleitores cristãos. Em julho, o ex-presidente acusou Harris e o Partido Democrata de estarem "atrás dos católicos", dizendo que "alguém não gosta dos católicos neste governo".

Trump nomeou três dos seis juízes da Suprema Corte dos EUA que revogaram Roe x Wade em 2022, decisão judicial que impediu os Estados dos EUA de impor restrições ao aborto por quase 50 anos. Depois da decisão da Suprema Corte, cerca de vinte Estados impuseram restrições ao aborto.

Desde então, Trump moderou sua posição sobre o aborto, dizendo que se opõe a restrições federais e apoia os Estados que adotam suas próprias regras.

Na semana passada, Trump anunciou que votaria contra uma proposta de emenda constitucional na Flórida que consagraria o direito ao aborto na constituição do Estado. O ex-presidente antes havia sinalizado apoio à emenda.

Harris também lançou a coalizão Catholics for Harris-Walz (Católicos por Harris-Walz) para reunir o apoio de católicos à sua campanha. A campanha agendou um evento virtual para a coalizão há três semanas, mas foi cancelado abruptamente.