O Colégio Academia em Juiz de Fora (MG), instituição da Rede Verbita de Educação, celebra hoje (6) missa solene às 18h, no pátio da escola para acolher às relíquias dos fundadores da Congregação do Verbo Divino, santo Arnaldo Janssen e são José Freinademetz.

A celebração marca a abertura do Ano Jubilar dos 150 anos de fundação da Congregação do Verbo Divino e os 130 anos de sua presença no Brasil.

No dia 9 de setembro, o Colégio Academia inaugura no hall de entrada do teatro da escola a exposição “Relíquias Sagradas”. Onde os visitantes poderão ver de perto as relíquias de segundo grau (objetos de uso pessoal) de santo Arnaldo Janssen e são José Freinademetz. Uma exposição contará a história da Congregação do Verbo Divino. A exposição “Relíquias Sagradas” acontecerá entre 9 a 13 de setembro, das 7h às 19h.

Santo Arnaldo Janssen

Santo Arnaldo Janssen nasceu no dia 5 de novembro de 1837 em Goch, na Alemanha. Quando jovem, ingressou no seminário de Münster, na Alemanha e estudou teologia. Em 15 de Agosto de 1861, foi ordenado padre pela diocese de Münster e tornou-se professor de uma escola secundária em Bocholt e foi nomeado diretor diocesano do Apostolado da Oração.

Segundo a página dos Missionários do Verbo Divino, Arnaldo Janssen era um homem consciente das necessidades espirituais de outros povos, além da sua diocese e preocupou-se com a missão universal da Igreja. Com isso, decidiu despertar a Igreja da Alemanha para as suas responsabilidades missionárias. Uma de suas ações foi a criação da revista mensal o “Mensageiro do Sagrado Coração”, que dava notícias sobre missões da Igreja, animando os católicos de língua alemã a trabalhar mais por elas.

Mas Janssen passou por tempos difíceis na Alemanha, pois o chanceler de ferro, Otto von Bismarck, o estadista mais importante da Alemanha do século 19 havia declarado a «Kulturkampf» com uma série de leis contra os católicos. Expulsando religiosos e sacerdotes e aprisionando muitos bispos. Com esta situação, Arnaldo propôs a alguns sacerdotes que foram expulsos do país a irem em missão ou ajudassem na formação de missionários.

Em 8 de setembro de 1875, Arnaldo inaugurou uma casa missionária em Styel, na Holanda, com a ajuda de alguns bispos. Segundo os Verbitas, esta data é considerada o dia da fundação da Congregação do Verbo Divino. Em 2 de Março de 1879, foram enviados à China, dois dos primeiros missionários da Congregação. Um deles era José Freinadmetz, outro fundador dos Verbitas.

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Quatro meses depois da inauguração da casa, Arnaldo Janssen abriu uma tipografia e milhares de leigos ajudaram na distribuição das revistas de Steyl, contribuindo para a animação missionária nos países de língua alemã. E logo, a comunidade foi composta de sacerdotes e irmãos. Depois, um grupo de mulheres ajudou no serviço da comunidade. Mas estas desejavam servir a missão como religiosas. No dia 8 de dezembro de 1889, Arnaldo fundou a Congregação Missionária das Servas do Espírito Santo (SSpS). As primeiras Irmãs foram enviadas para a Argentina em 1895.Em 1896, Janssen escolheu algumas Irmãs para formar o ramo contemplativo da Congregação, conhecido como “Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua (SSpSAP)”.

Santo Arnaldo Janssen morreu em 15 de janeiro de 1909 e foi beatificado em 19 de outubro de 1975, pelo papa Paulo VI. Ele foi canonizado em 5 de outubro de 2003, pelo papa João Paulo II.

São José Freinademetz

São José Freinademetz ou Fu Shenfu (Padre Feliz), como era chamado, nasceu no dia 4 de abril de 1852, em Oies Badia, no Tirol do Sul, um pequeno aglomerado de casas nas Dolomitas, do Norte da Itália. Ele ingressou no seminário de Brixen, em Bressanone e foi ordenado padre no dia 25 de julho de 1875.

Ainda no tempo de seminário tinha um amor pelas missões e depois de sua ordenação, esse chamado só crescia e por isso, em 1878, ingressou na casa missionária fundada pelo santo Arnaldo Janssen, e foi um dos dois primeiros missionários enviados para a China, em 2 de março de 1879.

Freinademetz pôde resumir sua vida em uma entrega total ao anúncio do Evangelho, como relatou em seu diário: "Com isso, caro José, a sentença está dada: rezar, trabalhar, sofrer, resistir. Toda a sua vida pelos seus queridos chineses". É impressionante a transformação que ocorreu com ele durante o seu tempo na China. Chegou ao país cheio de preconceitos contra a cultura chinesa e, depois de alguns anos, passou a amá-la tão profundamente a ponto de afirmar: "Amo a China e os chineses. No céu, quero continuar sendo chinês".

Além de missionário itinerante, José Freinademetz foi administrador da missão, superior provincial e visitador da Congregação.  Durante sua vida missionária, sofreu violência de opositores à ação dos missionários e arriscou sua vida por cuidar dos doentes durante uma epidemia de tifo. José Freinademetz morreu de tifo, na China, em 28 de janeiro de 1908. Foi beatificado em 19 de outubro de 1975, pelo papa Paulo VI e canonizado em 5 de outubro de 2003, pelo papa João Paulo II.