9 de set de 2024 às 09:30
O dom da Eucaristia nos ajuda a ser o corpo de Cristo para os outros, disse o papa Francisco em mensagem de vídeo enviada ontem (8) ao Congresso Eucarístico Internacional 2024 em Quito, Equador.
A Eucaristia ensina “uma profunda fraternidade, nascida da união com Deus, nascida de nos deixarmos moer, como o trigo, para que possamos nos tornar pão, corpo de Cristo, participando assim plenamente da Eucaristia e da assembleia dos santos”, disse o papa em mensagem gravada no Vaticano.
O 53º Congresso Eucarístico Internacional começou ontem em Quito, Equador, e vai até 15 de setembro, em comemoração ao 150º aniversário da consagração do país ao Sagrado Coração de Jesus.
Mais de 20 mil pessoas vão participar do congresso, vindas de pelo menos 40 países ao redor do mundo. Mais de 1,5 mil crianças fizeram sua primeira comunhão ontem (8) durante a missa de abertura. O tema do congresso internacional deste ano é “Fraternidade para curar o mundo”.
A mensagem do papa Francisco chegou a Quito, onde o primeiro Congresso Eucarístico Nacional foi realizado em 1886, enquanto o papa está em viagem de 11 dias à Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor Leste e Singapura.
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No vídeo, Francisco menciona os Padres da Igreja santo Agostinho de Hipona e santo Inácio de Antioquia.
Eles disseram “que o sinal do pão acende no Povo de Deus o desejo de fraternidade, pois assim como o pão não pode ser amassado de um único grão, também devemos caminhar juntos, porque ‘embora sejamos muitos, somos um só corpo, um só pão' ”, disse o papa.
Francisco também falou sobre a fraternidade “proativa” da venerável irmã Angela Maria do Coração de Jesus religiosa alemã, morta em campo de extermínio nazista na Segunda Guerra Mundial.
“Antes de ser presa, convidava todos, crianças, parentes e aos que eram devotos a rebelar-se contra o mal que dominava com gestos simples e, em certas áreas, perigosos”, disse o papa, como “aproximar-se o máximo possível do Sacramento do altar, rebelar-se comungando”.
A venerável Ângela encontrou na Eucaristia “um vínculo que fortalece esse vigor entre seus membros e com Deus, e ‘organizou’ a rede de resistência que o inimigo não pode desfazer, porque não responde a um desígnio humano”, disse Francisco.
“São esses gestos simples que nos tornam mais conscientes do fato de que, se um membro sofre, todo o corpo sofre com ele”, disse o papa.