16 de set de 2024 às 13:59
A Santa Sé divulgou hoje (16) os detalhes da segunda e última sessão do Sínodo da Sinodalidade, que vai acontecer em Roma, de 2 a 27 de outubro.
Uma das novidades mais significativas da sessão deste ano é a celebração de uma vigília penitencial pelo papa Francisco em 1º de outubro, às 18h (horário de Roma), na basílica de São Pedro.
O secretário geral da secretaria geral do Sínodo, cardeal Mario Grech, disse em coletiva de imprensa que a vigília penitencial vai concluir também o retiro anterior, do qual participarão todos os membros do Sínodo.
Participaram da coletiva de imprensa de hoje (16) o arcebispo de Luxemburgo, cardeal Jean-Claude Hollerich, relator geral do Sínodo da Sinodalidade; mons. Riccardo Battocchio e padre Giacomo Costa, secretários especiais do sínodo; e Paolo Ruffini, prefeito do Dicastério para a Comunicação e presidente da Comissão de Informação do Sínodo da Sinodalidade.
Uma vigília penitencial para perdoar os pecados que “causam mais dor e vergonha”
A vigília penitencial, organizada pela secretaria geral do sínodo e pela diocese de Roma em colaboração com a União dos Superiores Gerais e a União Internacional dos Superiores Gerais, “será aberta à participação de todos, especialmente dos jovens, que sempre lembram que o anúncio do Evangelho deve ser acompanhado de um testemunho credível, que desejam oferecer ao mundo junto conosco”.
O cardeal Grech disse que “nas vésperas de um evento eclesial tão solene como o sínodo”, serão mencionados alguns dos pecados “que causam mais dor e vergonha, invocando a misericórdia de Deus”.
A celebração penitencial será celebrada pelo papa Francisco e incluirá três testemunhos de pessoas que foram vítimas de pecados como “os abusos, o pecado da guerra ou a indiferença ao drama das migrações”.
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Em seguida, quem fizer o pedido de perdão, “o fará em nome de todos os batizados e, em particular, será confessado o pecado contra a paz; contra a criação, contra os povos indígenas e contra os migrantes”, disse o cardeal.
Também será mencionado “o pecado do abuso; o pecado contra as mulheres, a família e os jovens; o pecado da doutrina usada como pedra a ser atirada contra outros; o pecado contra a pobreza; o pecado contra a sinodalidade e a falta de escuta, comunhão e participação de todos”.
No final dessa confissão de pecados, o papa vai dirigir, em nome de todos os fiéis, “um pedido de perdão a Deus e aos irmãos de toda a humanidade”.
A “oração ecumênica” acontece novamente
Na noite de 11 de outubro, acontecerá, como em 2023, “a experiência de uma oração ecumênica, junto com o papa, os delegados fraternos presentes na Sala Sinodal e vários outros representantes de Igrejas e Comunidades Eclesiais presentes em Roma”.
A oração ecumênica foi organizada por uma equipe composta pelo secretariado geral do sínodo e pelo dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, junto com membros da Comunidade de Taizé.
A data de 11 de outubro foi escolhida para lembrar “o 11 de outubro, há 62 anos, quando foi solenemente inaugurado o Concílio Vaticano II, que abriu para a Igreja Católica uma nova etapa ecumênica, da qual o atual sínodo é expressão e testemunho com o desejo efetivo de ajudar toda a Igreja a avançar no caminho da plena unidade”, disse o cardeal.