“A Eucaristia nos convida a fazer parte da missão de Cristo”, diz bispo auxiliar de Sydney

18 de set de 2024 às 11:13

O bispo auxiliar de Sydney, Austrália, dom Danny Meagher, disse estar entusiasmado com os preparativos para que a cidade receba o próximo Congresso Eucarístico Internacional em 2028.

Esse evento, considerado um dos mais importantes da Igreja, tem como objetivo aproximar as pessoas de Deus através da Eucaristia, transformar os corações e incentivar uma maior evangelização em todo o mundo.

“O Congresso Eucarístico é uma oportunidade única para tocar o coração das pessoas e abrir a mente à riqueza da Eucaristia. E é a Eucaristia que nos convida a fazer parte da missão de Cristo”, disse dom Meagher à ACI Prensa, agência em espanhol da EWTN, no Congresso Eucarístico Internacional Quito 2024, que terminou no último domingo (15).

O bispo australiano também disse que “Cristo nos dá a sua vida, introduz-nos no seu mistério pascal e nos envia ao mundo”. “Queremos que os participantes voltem para casa com um verdadeiro sentimento de graça, formados e transformados pelo que aprenderam”.

A sede do encontro reflete também o desejo do arcebispo de Sydney, dom Anthony Fisher, e da comunidade católica local de revitalizar a vida da Igreja no seu país.

“Precisamos que a vida na Igreja de Sydney floresça. Esperamos que seja uma grande ocasião de graça para todos os presentes, para que voltem para casa com um verdadeiro sentido de graça, formados e transformados pelo que aprenderam”, disse dom Meagher.

A Igreja na Austrália enfrenta desafios

Apesar da rica história da Igreja na Austrália, que começou como uma pequena comunidade de presidiários irlandeses e cresceu com a imigração, o país enfrenta desafios semelhantes aos de muitos outros países ocidentais.

Segundo dom Meagher, a cultura moderna, saturada de tecnologia e distrações, dificulta que as pessoas encontrem o seu centro espiritual e, consequentemente, a sua relação com Deus.

“Estamos distraídos com um milhão de coisas diferentes. É difícil encontrar o nosso centro porque estamos sempre olhando para o telefone... É difícil encontrar a nossa relação com Deus”, disse o bispo.

“Atualmente, dos católicos na Austrália, acho que entre 10% e 15%, dependendo da diocese, assistem à missa todas as semanas. Então é uma porcentagem bem baixa. No Natal e na Páscoa os números aumentam. Algumas pessoas comparecem uma vez por mês, outras de forma irregular. Mas é difícil atrair as pessoas e fazê-las ver a importância da nossa saúde espiritual, e não apenas do nosso prazer sensorial”, lamentou dom Meagher.

Diante dessa realidade, o bispo diz que o Congresso Eucarístico Internacional não busca ser apenas uma celebração, mas também um espaço de formação e renovação espiritual.

“O sucesso do Congresso será medido pela forma como conseguirmos que as pessoas apreciem e valorizem a Eucaristia, mudem as suas vidas e se tornem parte da missão da Igreja”, disse dom Meagher.

Um evento para o mundo

O bispo auxiliar falou sobre o caráter multicultural da capital australiana. “Sydney é uma comunidade muito multicultural e provavelmente você encontrará aqui pessoas do seu próprio país”, disse dom Meagher.

“Convidamos pessoas de todo o mundo a fazerem parte desta ocasião de graça, onde Deus nos tocará através da Eucaristia e a nossa fé será fortalecida”, disse o bispo.

Além das apresentações teológicas e das celebrações litúrgicas, dom Meagher disse que o Congresso incluirá elementos que se conectam com os corações e espíritos dos participantes.

“Queremos que todo o processo envolva as pessoas, com uma boa formação e elementos que toquem o coração, para que toda a comunidade participe e reconheça que somos irmãos.”

Dom Meagher disse que o trabalho da Igreja “será organizar um Congresso Eucarístico da mais alta qualidade, que ofereça a melhor formação possível e que toque e enriqueça os corações dos participantes com graça”.

“Em nome do arcebispo Anthony Fisher, gostaria de dar as boas-vindas a todas as pessoas de todo o mundo ao nosso Congresso Eucarístico Internacional em 2028. Ao regressarmos às nossas diferentes dioceses e países, continuaremos a missão de Cristo, que é a missão de Deus: traga amor e cura para todas as pessoas”, concluiu o bispo.