Um evento de campanha virtual criado para organizar o apoio de católicos à candidatura presidencial da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, pelo Partido Democrata, está marcado para acontecer hoje (18) à noite.

O evento Catholics for Harris-Walz National Organizing Call (Católicos pela Convocação de Organização Nacional Harris-Walz), que é aberto ao público, acontecerá hoje, das 20h às 21h (horário local). A campanha planejou originalmente fazer o evento antes da Convenção Nacional Democrata do mês passado, mas ele foi abruptamente cancelado. Os organizadores citaram um conflito de agenda como o motivo do cancelamento na época.

“A convocação será uma oportunidade de ouvir diretamente da campanha sobre nossa visão, próximos passos e como você pode se envolver e fazer parte desse momento histórico”, diz a descrição do evento. “Teremos a companhia de convidados especiais e líderes comunitários para discutir o papel decisivo que o voto católico vai desempenhar na próxima eleição”.

Uma coalizão de grupos de ativistas, incluindo Catholics Vote Common Good (Católicos Votam pelo Bem Comum), organiza a convocação em conjunto com a campanha. O grupo faz parte da organização sem fins lucrativos Vote Common Good (Vote pelo Bem Comum), que mobiliza vários grupos religiosos em apoio a candidatos progressistas.

O Catholics Vote Common Good já organiza campanhas telefônicas semanais em nome da campanha presidencial de Harris.

A organização sem fins lucrativos, junto com o grupo Catholic Democrats (Democratas Católicos), também relançou o siteCatholic 4 Kamala" (Católicos por Kamala), que ficou brevemente offline depois do evento original ser cancelado. O site não aborda diretamente o forte apoio de Harris ao aborto, mas diz, em sua página “sobre”, que “mesmo na questão da vida, há um silêncio assustador entre os conservadores sobre o aumento dos números de abortos nacionalmente desde a decisão judicial Dobbs revogar Roe x Wade” em junho de 2022.

Harris apoia codificar os padrões de aborto definidos em Roe x Wade, o que impediria os Estados de aprovar leis que protegem a vida dos nascituros antes da viabilidade fetal. No debate de 12 de setembro com o ex-presidente Donald Trump, Harris se recusou a dizer se apoia o aborto tardio no sétimo, oitavo e nono meses de gravidez.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

Mais de 9 mil abortos tardios são feitos nos EUA por ano depois da 21ª semana de gravidez.

O site diz que uma presidência de Harris “aguarda ansiosamente a promessa de uma América que abraça e celebra nossa diversidade entre pessoas de muitas raças, crenças e gêneros — uma América que se importa e eleva todos, busca fornecer a oportunidade para que todos alcancem seu potencial dado por Deus e traz alegria de volta à nossa política”.

“Os católicos estão se unindo para apoiar a chapa Harris-Walz por causa da ameaça que uma segunda presidência de Trump representa para reverter o progresso contra o aquecimento global, explodir o déficit com mais cortes de impostos, transformar o Departamento de Justiça num instrumento de vingança, abandonar a Ucrânia em sua luta pela soberania e prejudicar nossa economia por meio de uma operação massiva de deportação centrada na raça”, diz o site.

Harris defendeu outras posições que são contrárias à doutrina da Igreja, como a ideologia de gênero. Como senadora, Harris também interrogou indicados a cargos judiciais de forma incisiva por sua filiação aos Cavaleiros de Colombo, a maior organização laica católica dos EUA.

A chapa Trump-Vance lançou sua coalizão de católicos que apoiam Trump no início do mês, que enfatiza a defesa da liberdade religiosa, dos valores tradicionais e da santidade da vida humana como prioridades.

Uma pesquisa do Pew Research Center divulgada na semana passada mostra que uma pequena maioria de católicos apoia Trump em vez de Harris, com o ex-presidente recebendo 52% de apoio e a vice-presidente obtendo 47%. Uma pesquisa da EWTN News/RealClear no início do mês mostrou Harris com uma ligeira liderança entre os católicos, com 50% dos votos, em comparação com os 43% de Trump.