Embora o diálogo inter-religioso entre judeus, muçulmanos e cristãos da Terra Santa tenha sofrido com a intensificação do conflito armado na região, um abade beneditino em Jerusalém disse que a situação também levou a laços mais estreitos entre os cristãos de diferentes origens que permanecem lá.

"Nossos inimigos têm um pensamento mais ecumênico do que nós, porque eles não nos dividem por denominação, eles nos odeiam porque somos cristãos", disse o padre Nikodemus Schnabel, abade da Abadia da Dormição em Jerusalém, que tem sido alvo frequente de ataques de judeus ortodoxos na área.

Schnabel, cidadão alemão instruído pelo governo alemão a deixar Israel por causa da insegurança no país, não apenas decidiu ficar, mas também começou a organizar almoços semanais aos domingos para membros de diferentes ritos e comunidades cristãs em Jerusalém, incluindo católicos, armênios, sírios ortodoxos, anglicanos e outros.

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Os encontros proporcionam um momento para a diversificada comunidade cristã de Jerusalém falar sobre suas lutas e encorajar uns aos outros a perseverar. Nas palavras de Schnabel, a perseguição que os cristãos sofrem serve como "um chamado para dizer: 'OK, se somos atacados por causa de nosso batismo comum, talvez devêssemos também viver esse batismo comum, essa vocação comum como cristãos, [de forma] mais autêntica'".

"Permanecemos voluntariamente neste oceano de sofrimento como ilhas de esperança", disse Schnabel ao chefe do escritório da Santa Sé da EWTN, Andreas Thonhauser, no programa "EWTN News Nightly".

Dados divulgados pelo Escritório Central de Estatísticas de Israel em dezembro do ano passado registram 187,9 mil cristãos vivendo em Israel, e o número provavelmente diminuiu ainda mais desde então.