A Santa Sé divulgou hoje (24) os detalhes da 41ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Seul, Coreia do Sul, em 2027 com o tema: "Tenha coragem: eu venci o mundo".

Um caminho de preparação espiritual

O encontro será o ápice de um caminho de preparação que vai começar em 24 de novembro, com a celebração da Jornada Mundial da Juventude nas igrejas particulares.

No dia, Solenidade de Cristo Rei do Universo, os jovens de Lisboa entregarão os símbolos da JMJ aos de Seul: a Cruz da Juventude e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani (Salvação do Povo Romano).

Antes do evento na Coreia, acontecerá em julho do ano que vem em Roma o Jubileu da Juventude com o tema "Vós também dais testemunho, porque estais comigo".

 

JMJ retorna à Ásia depois de 29 anos

Da entrevista coletiva de hoje (24) na Sala de Imprensa da Santa Sé, participaram o prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, cardeal Kevin Farrell, e o arcebispo de Seul, Coreia do Sul, dom Peter Soon-Taick Chung, presidente do Comitê Organizador Local Seul 2027; o bispo auxiliar de Seul, Coreia do Sul, dom Paul Kyung Sang Lee, coordenador geral da JMJ; e Gabriela Su-Ji Kim, jovem coreana.

Segundo o cardeal Farrell, os jovens são agora enviados em peregrinação do Ocidente ao Oriente como "um belo sinal da universalidade da Igreja e do sonho da unidade" e para redescobrir a beleza da vida cristã.

Depois da JMJ em Manila, Filipinas, em 1995, a JMJ volta agora à Ásia, na Coreia do Sul, onde os católicos representam 11% da população.

Embora seja minoritária, a Igreja sul-coreana está viva e "enriquecida pelo testemunho heróico de tantos mártires, dos quais continua a emanar com grande força uma luz de fé e esperança que alcança todos os crentes em todas as partes do mundo", disse o cardeal.

Ele também disse que esse encontro mundial pode ser uma oportunidade para os jovens descobrirem sua vocação e refletirem sobre a "perda de sentido que muitas vezes caracteriza a vida nas sociedades mais desenvolvidas".

 

"Mais do que apenas um encontro"

Dom Peter Soon-Taick Chung disse que a Igreja coreana "é testemunha da fé voluntária e dinâmica de seus primeiros fiéis, que receberam as sementes do Evangelho sem a ajuda de missionários, guiados pelo Espírito Santo".

Por isso, em 2027, espera-se que os jovens de todo o mundo se encontrem com aqueles "que herdaram a fé firme dos seus antepassados" e que juntos reacendam "um zelo apaixonado pela fé".

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

"O papa aceitou o pedido da nossa Igreja"

O arcebispo de Seul disse que, em períodos de perseguição, os primeiros fiéis coreanos enviaram "cartas desesperadas ao Papa, pedindo fervorosamente aos missionários que preservassem sua fé e se unissem à Igreja universal".

Esse apelo levou o papa Gregório XVI a estabelecer o vicariato apostólico de Chosun, enviando assim missionários e permitindo o florescimento da fé apesar da perseguição.

Mais em

"Como fez com a Igreja primitiva coreana, o papa mais uma vez aceitou o pedido de nossa igreja, convidando jovens de todo o mundo a se juntarem à peregrinação da JMJ", disse dom Soon-Taick Chung.

Para o arcebispo de Seul, a próxima JMJ será "mais do que apenas um encontro", mas uma jornada significativa "na qual os jovens, unidos a Jesus Cristo, vão refletir e debater sobre os desafios e injustiças atuais que enfrentam" e se tornarão "missionários corajosos", inspirados a viver a alegria do Evangelho que encontraram.

 

Eles oferecerão a oração de "um bilhão de rosários"

O bispo auxiliar de Seul, Coreia do Sul, dom Paul Kyung Sang Lee, coordenador geral da JMJ, falou sobre todas as iniciativas que serão desenvolvidas na cidade anfitriã na preparação para o encontro de 2027. Em fevereiro do ano que vem, começa uma campanha dedicada a oferecer "um bilhão de rosários".

"É nossa esperança fervorosa que, através desta peregrinação, eles cheguem a discernir o poder da esperança que a fé confere e experimentem um profundo encontro pessoal com Cristo no seio da Igreja universal", disse o bispo.

Logotipo da JMJ Seul 2027

Ele também falou sobre os detalhes do logotipo do evento que "marcará uma era". No centro da imagem há uma cruz e as cores vermelho e azul foram usadas, simbolizando a "vitória triunfante de Cristo sobre o mundo".

O vermelho de um lado da cruz simboliza o sangue dos mártires e o azul representa a "vitalidade dos jovens e o chamado de Deus".

A cor amarela que brilha atrás da cruz representa Cristo, que é a "Luz do Mundo" e guia a Igreja para a unidade.

O elemento à esquerda, voltado para cima, indica Deus no céu, enquanto o elemento à direita, voltado para baixo, simboliza a terra, "ilustrando o cumprimento da vontade de Deus na Terra por meio de sua unidade".

O logotipo é inspirado na arte tradicional coreana e também captura "a energia vibrante da juventude".