Em carta aos clérigos, religiosos e fiéis, o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, fala sobre a participação da arquidiocese de São Paulo no Jubileu 2025, porque o papa Francisco quer que o Jubileu 2025 não seja “celebrado apenas em Roma, mas também nas Igrejas locais e em cada diocese do mundo”. 

A primeira recomendação do arcebispo foi que todos fizessem “a leitura da Bula do Jubileu, que expõe os motivos da escolha do tema do Jubileu”, ressaltando que “a Bula explicita como esse tema pode ser trabalhado, celebrado e testemunhado ao longo do Ano Jubilar”.

Segundo dom Odilo, “o papa fará a abertura do Jubileu, com o rito de abertura da Porta Santa da basílica de São Pedro, na noite do Natal”, 24 de dezembro de 2024. “O rito da Porta Santa será feito unicamente em Roma, pelo papa”, diz o cardeal em sua carta. No dia 29 de dezembro, festa da Sagrada Família, o início do Jubileu será celebrado na catedral de cada diocese do mundo, pelo bispo diocesano, com o seu clero, religiosos e leigos. 

Igrejas de peregrinações

Dom Odilo Scherer disse que “as peregrinações são experiências jubilares importantes, com as ações que as acompanham” e “a maioria das pessoas não poderá peregrinar para Roma”. Por isso, o papa pediu “que cada diocese designe algumas igrejas como metas de peregrinação nas próprias dioceses, para que o povo tenha a oportunidade de realizar nelas essa prática tão recomendada”.

Segundo o arcebispo, a arquidiocese de São Paulo terá 12 igrejas de peregrinação, duas em cada região episcopal: a catedral de São Paulo, na praça da Sé;  o santuário Nossa Senhora de Fátima, no Sumaré; a paróquia São José, no Belém; a paróquia Nossa Senhora de Fátima e São Roque, em Sapopemba; a paróquia Nossa Senhora da Lapa e a paróquia Nossa Senhora de Fátima, ambas em Vila Leopoldina; a paróquia Nossa Senhora da Expectação, na Freguesia do Ó; o santuário de Nossa Senhora Mãe e Rainha de Schoenstatt, em Jaraguá; o santuário Nossa Senhora Aparecida, no Ipiranga; o santuário são Judas Tadeu, no Jabaquara; a basílica de Santana, em Santana e o santuário de Nossa Senhora da Salette, no Alto de Santana. Ele também destacou que “a peregrinação anual da arquidiocese para o santuário nacional de Aparecida”, em 4 de maio 2025, “será uma peregrinação jubilar”.

A partir de 15 de novembro, estas igrejas de peregrinação disponibilizarão um calendário com as datas e horários, “para acolher as peregrinações, de maneira que as paróquias e grupos poderão agendar antecipadamente”, relatou o cardeal.

Em todas as igrejas da arquidiocese haverá três sinais do Jubileu, diz a carta de dom Odilo: “Na parte externa, sobre a porta, haverá um medalhão bem visível, para anunciar o Jubileu a todos e convidar a participar. No interior das igrejas, perto do altar, em lugar destacado, haverá uma lamparina com a ‘chama viva da esperança’ do Jubileu. Perto dela, deverá ficar uma cruz processional (ou outra grande) e uma bandeira com a logomarca e o tema do Ano Jubilar”.

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“Os peregrinos serão acolhidos e poderão participar da celebração dos sacramentos da penitência, e da missa, ou de celebrações da Palavra de Deus e também poderão receber a graça da indulgência do Jubileu” nestas igrejas, disse dom Odilo. Por essa razão, recomendou que “cada paróquia” também prepare “os seus peregrinos, promovendo abundantes celebrações do sacramento da penitência ao longo do ano” e que “cada paróquia organize a sua peregrinação, estimulando o povo a participar”. 

A participação não deveria ser apenas “por representação”, com poucas pessoas, mas deve ter um envolvimento popular amplo. O Jubileu é um tempo de graças especiais para todo o povo e para manifestações expressivas de piedade popular”, enfatizou o cardeal.

Iniciativas do Jubileu

“Como é próprio de cada Jubileu, a pregação, a celebração da misericórdia de Deus, do perdão e da reconciliação são partes centrais da vivência do Jubileu”, disse o arcebispo de São Paulo explicando que “ao longo de 2025, deverão acontecer em cada diocese as iniciativas do Jubileu, propostas na Bula papal, envolvendo as paróquias, comunidades religiosas, associações de fiéis, pastorais e outras organizações e expressões de vida eclesial e social”.

“A concessão da indulgência plenária do Jubileu também estará inserida no contexto dessas práticas. Muitas iniciativas, que mostrem os sinais de esperança já presentes no mundo, poderão/deverão ser promovidas, conforme indica a Bula”, disse dom Odilo.

Ao final de sua carta, o cardeal diz que “o Jubileu será um “ano da graça do Senhor” (cf. Is 61,1s; Lc 4,14-21) e uma ocasião propícia para a evangelização e a renovação da fé e da vida cristã para o “santo povo de Deus” em São Paulo”.