3 de out de 2024 às 12:09
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira (30) o início do Natal na Venezuela, “conforme decretado” por seu regime e apesar das críticas da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV).
Maduro, no meio de seu programa transmitido nacionalmente pelo canal de televisão estatal, referiu-se de forma depreciativa aos membros do CEV como “alguns sujeitos de batina” que ousaram dizer “que não havia Natal se eles não o decretassem”.
“Não, senhor de batina, o senhor não decreta nada aqui. Jesus Cristo pertence ao povo. O Natal é do povo e o povo celebra-o quando quer festejar o seu Natal”, gritou o presidente.
“E amanhã, de 1 de outubro e até 15 de janeiro, começa o Natal, o fim do ano e as boas-vindas ao ano de 2025”, disse o presidente. Maduro encerrou seu programa com aguinaldos, canções tradicionais venezuelanas com tema natalino.
Desde terça-feira (1), em Caracas, capital do país, árvores de Natal e outras decorações estão expostas em alguns dos locais mais emblemáticos da cidade, especialmente em edifícios da administração pública.
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Em 3 de setembro, a CEV publicou um comunicado reagindo à antecipação do Natal no qual diz que esse feriado cristão "não deve ser utilizado para propaganda ou fins políticos particulares".
“O Natal é uma celebração universal que comemora o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. A forma e o momento da sua celebração são da responsabilidade da autoridade eclesiástica, que zela pela manutenção do verdadeiro espírito e significado deste acontecimento de riqueza espiritual e histórica, que marca o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo”, disse a CEV.
A CEV também diz que o Natal é um tempo “de reflexão, de paz e de amor, e deve ser respeitado como tal” e que o tempo natalício começa no dia 25 de dezembro e termina no dia da Epifania do Senhor, em 6 de janeiro.
“Para nos prepararmos para o Natal, a liturgia nos dá o tempo do Advento, que este ano começa no dia 1º de dezembro. Essas celebrações são acompanhadas pelas tradicionais festas de Natal e missas de aguinaldo de Natal”, concluiu a CEV.