Um bispo libanês fez um apelo por paz e perdão na entrevista coletiva diária do Sínodo da Sinodalidade no sábado (5), quando a primeira semana da assembleia chegava ao fim.

O bispo de Batroun, Líbano, dom Mounir Khairallah, falou sobre sua experiência pessoal de violência e perdão, ao falar sobre como seus pais foram mortos quando ele tinha apenas cinco anos de idade.

“Uma freira libanesa maronita veio à nossa casa, nos levou, quatro crianças, para seu mosteiro e, na igreja, nos convidou a nos ajoelhar e rezar”, disse dom Khairallah. “Ela disse: 'Vamos rezar não tanto por seus pais, mas sim por aqueles que os mataram, e buscar o perdão' ”.

O bispo disse que, apesar dos conflitos em andamento, o povo libanês rejeita consistentemente o ódio e a vingança. “Nós, libaneses, sempre condenamos o ódio, a vingança, a violência. Queremos construir a paz. Somos capazes de fazer isso”, disse dom Khairallah.

Entrevista coletiva diária na 16ª assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos no sábado (5), no Vaticano. Daniel Ibáñez/ACI Digital
Entrevista coletiva diária na 16ª assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos no sábado (5), no Vaticano. Daniel Ibáñez/ACI Digital

Dom Khairallah disse que a maioria das pessoas deseja a paz. Ele pediu o fim dos ciclos de retaliação: “Chega dessa vingança, desse ódio, dessa guerra. Chega. Vamos construir a paz pelo menos para as crianças, para as gerações futuras que têm o direito de viver em paz”.

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Os participantes emitiram no sábado (5) “um apelo urgente pela paz em nome do sínodo”, junto com um chamado para que “todas as religiões condenem o fundamentalismo com uma só voz”.

Interação com grupos de estudo

No início da coletiva de imprensa, o prefeito do Dicastério para a Comunicação da Santa Sé, Paolo Ruffini, deu uma atualização sobre os procedimentos do sínodo.

Ruffini disse que o secretário-geral do sínodo, cardeal Mario Grech, propôs uma interação entre os membros do sínodo e os grupos de estudo estabelecidos pelo papa Francisco.

“Esta proposta foi colocada em votação e aprovada por levantamento de mãos”, disse Ruffini. “Na sexta-feira, 18 de outubro, os coordenadores e outros membros dos grupos se reunirão com os membros da assembleia que desejam falar com eles sobre o assunto de seu grupo.”

Ruffini disse também que os grupos linguísticos concluíram o trabalho no primeiro módulo do Instrumentum Laboris, ao apresentar documentos que contém proposições que consideram fundamentais para a elaboração do documento final.

O Sínodo da Sinodalidade começa hoje (7) sua segunda semana de discussões, no mesmo dia em que o papa Francisco convocou um dia de oração e jejum pela paz para marcar o primeiro aniversário do ataque do grupo terrorista islâmico Hamas a Israel, enquanto a violência continua a aumentar em toda a região.