Organização espanhola denuncia interesse do Governo em impor "sua própria ‘religião’" a jovens

MADRI, 3 de mar de 2006 às 14:21

A Confederação Nacional Católica de Pais de Família e Pais de Alunos (CONCAPA), advertiu que com a disciplina "Educação para a Cidadania", o Governo socialista põe em marcha uma nova "intromissão do poder político na educação" e tenta "impor sua própria religião" às novas gerações.

Segundo o Ministério de Educação e Ciência, esta nova disciplina se tornará uma "parte essencial da competência básica social e cidadã", porque dará aos alunos "formas de comportamento individual" para que "vivam, convivam, aprendam, trabalhem e se relacionem com os demais em sociedades cada vez mais plurais".

Entretanto, a CONCAPA indicou que o argumento que as autoridades governamentais dão para que "Educação para a Cidadania" seja aceita é "adoçado", porque na verdade se trata de "uma intromissão do poder político na esfera exclusiva da educação que corresponde à família".

"Uma disciplina que questiona os valores éticos, religiosos, morais e filosóficos não pode ser, de modo algum, o suporte de uma melhora nos comportamentos sociais. E muito menos da formação de cidadãos livres, posto que o que se pretende ensinar é, precisamente, o pensamento politicamente correto", expressou.

Além disso, a CONCAPA alertou sobre grande dano que causará a muitas famílias apoiar uma ação educativa que afirma "o fim da família como base social, o desaparecimento do conceito de Deus ou o tudo vale nas relações afetivo-sexuais das pessoas", entre outros.

Finalmente, lenbrou a negativa do Governo para dialogar sobre a aula de Religião com as associações de pais. Por isso, expressou que surpreende que agora "pretenda impor sua própria ‘religião’ a que chama ‘Educação para a Cidadania’".