“Eu sou um testemunho vivo de Nossa Senhora de Nazaré. Hoje eu estou aqui para pedir a minha cura do câncer que não me pertence mais, eu tenho certeza disso”, disse a estudante Gabriela Matias, de 26 anos. Ela foi diagnosticada com um câncer medular renal, em 2021, e está em tratamento. No sábado (12), Gabriela participou da trasladação do Círio de Nazaré, para pedir por sua cura.

“Nossa Senhora de Nazaré é tudo para mim. Nada é impossível para ela e eu sou a grande prova disso, eu sou um milagre. Hoje eu estou aqui para testemunhar. Graças a ela, eu tenho certeza que eu já venci o câncer”, disse.

A estudante disse que o câncer medular renal “é um câncer super raro, com ausência de resposta à quimioterapia e à radioterapia”. “E eu respondi a todos os tratamentos”, disse. Gabriela contou que “recentemente” passou “15 dias na UTI em estado super grave”. “E mais uma vez Nossa Senhora provou que ela sempre está comigo”, disse.

“Eu não tenho nem palavras, é um ano muito especial, eu só tenho a agradecer por tudo”, concluiu. 

A trasladação é a segunda maior procissão do Círio de Nazaré em número de pessoas e acontece em sentido contrário ao da grande procissão do círio, que aconteceu no domingo (13).

Multidão na trasladação do Círio de Nazaré. Davi Corrêa / ACI Digital
Multidão na trasladação do Círio de Nazaré. Davi Corrêa / ACI Digital

Também chamada pelos fiéis de “procissão das luzes”, a trasladação atraiu mais de 1,5 milhão de pessoas, segundo estimativas do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A romaria saiu às 17h58 do Colégio Gentil Bittencourt, perto do santuário basílica de Nazaré, e seguiu em direção à catedral metropolitana de Belém, onde chegou por volta das 23h05.

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Devota carrega imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Davi Corrêa / ACI Digital
Devota carrega imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Davi Corrêa / ACI Digital

A imagem de Nossa Senhora de Nazaré foi levada na berlinda, em que estava atrelada a corda que os devotos foram puxando à frente.

Imagem de Nossa Senhora de Nazaré na trasladação do Círio de Nazaré. Davi Corrêa / ACI Digital
Imagem de Nossa Senhora de Nazaré na trasladação do Círio de Nazaré. Davi Corrêa / ACI Digital

Como na grande procissão do círio, também na trasladação os promesseiros se aglomeravam para segurar e se manter na corda, enquanto muitos outros os incentivavam, apoiavam para que conseguissem ficar em suas posições, além de ajudarem entregando água.

A corda na trasladação do Círio de Nazaré. Davi Corrêa / ACI Digital
A corda na trasladação do Círio de Nazaré. Davi Corrêa / ACI Digital

Muitos promesseiros seguiram a trasladação levando sobre a cabeça objetos representando sua fé, como imagens de Nossa Senhora de Nazaré, e graças alcançadas, como casas, livros. Outros agradeciam a Nossa Senhora de Nazaré por graças alcançadas distribuindo fitinhas, santinhos, terços.

Promesseiro carrega imagem de Nossa Senhora de Nazaré sobre a cabeça durante a trasladação. Davi Corrêa / ACI Digital
Promesseiro carrega imagem de Nossa Senhora de Nazaré sobre a cabeça durante a trasladação. Davi Corrêa / ACI Digital

A trasladação foi precedida por uma missa celebrada no Colégio Gentil Bittencourt pelo arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira. Na ocasião, ele leu uma mensagem enviada pelo papa Francisco. “As multidões que se reúnem durante o Círio em torno da venerável da imagem da Senhora da Berlinda constituem um expressivo sinal de que ‘o povo fiel vem pedir a benção à Santa Mãe de Deus, porque ela é a medianeira da graça que brota sempre e apenas de Jesus Cristo, por obra do Espírito Santo’”, diz a mensagem.