O Espírito Santo “está presente e age na Igreja” disse o papa Francisco na audiência geral de hoje (15) na praça de São Pedro, no Vaticano.

Em sua catequese, o papa disse que “nos primeiros três séculos, a Igreja não sentiu a necessidade de formular explicitamente a sua fé no Espírito Santo”, mas que “foi a heresia que impeliu a Igreja a definir esta sua fé".

Nesse processo “foi precisamente a sua experiência da ação santificadora e divinizadora do Espírito Santo que levou a Igreja à certeza da plena divindade do Espírito Santo”, o que se refletiu no concílio ecumênico de Constantinopla em 381 d.C. com a seguinte fórmula: “Creio no Espírito Santo, que é Senhor e dá a vida, e procede do Pai e do Filho. Com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, e falou por meio dos profetas”.

O papa Francisco disse que “a afirmação mais vigorosa é que a Ele são devidas as mesmas glória e adoração que ao Pai e ao Filho”. Para Francisco, essa definição “não era um ponto de chegada, mas de partida”.

O papa disse estar superada a polêmica questão conhecida como filioque sobre a origem do Espírito Santo do Pai e do Filho "que foi a razão (ou o pretexto) de muitas contendas e divisões entre a Igreja do Oriente e a Igreja do Ocidente".

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Assim, Francisco disse que as diferenças entre a Igreja do Oriente e do Ocidente sobre essa questão “perdeu a dureza do passado e hoje permite esperar numa plena aceitação recíproca, como uma das principais ‘diferenças reconciliadas’ ".

“Superado este obstáculo”, disse o papa, “podemos valorizar a prerrogativa mais importante para nós, proclamada no artigo do Credo, ou seja, que o Espírito Santo é ‘vivificante’, isto é, dá a vida”.

Francisco disse também que “a fé liberta-nos do horror de ter que admitir que tudo acaba aqui, que não há resgate algum para o sofrimento e a injustiça que reinam soberanas na terra”.

Por fim, o papa Francisco convidou a cultivar a fé na Terceira Pessoa da Santíssima Trindade “para aqueles que, muitas vezes sem culpa própria, dela carecem e são incapazes de dar sentido à vida”.