16 de out de 2024 às 13:28
O papa Francisco pediu para não esquecer aqueles “que vêm de baixo” ao enfrentar os desafios das políticas alimentares em mensagem divulgada hoje (16) por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, lida em um fórum internacional que acontece esta semana em Roma.
Francisco disse que “soluções fortes para enfrentar e resolver os problemas alimentares do nosso tempo exigem considerar os princípios da subsidiariedade e da solidariedade como base dos nossos programas e projetos de desenvolvimento”.
Essa premissa é orientada para o objetivo de que “nunca se adiem as necessidades que vêm de baixo, dos trabalhadores e agricultores, dos pobres e famintos, e daqueles que vivem em condições difíceis em áreas rurais isoladas”.
Para preservar o direito à alimentação, o papa Francisco também falou sobre a importância de “não esquecer a dimensão social e cultural intrínseca do ato de alimentar-se”.
O papa exortou os responsáveis políticos e econômicos a levar em consideração “as exigências dos que se encontram na base da cadeia alimentar, como os pequenos agricultores, e das formações sociais intermédias, como a família, que estão diretamente envolvidas na alimentação das pessoas”.
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O papa Francisco disse que “este planeta que Deus nos deu deve ser um jardim aberto à convivência serena”.
Esse pensamento é o que, nas palavras de Francisco, inspirou a sua proposta de “considerar o paradigma da ecologia integral, para que as necessidades de cada pessoa e de toda a pessoa sejam levadas em conta, de modo que sua dignidade seja salvaguardada na relação com os outros e em estreita ligação com o cuidado da criação”.
Essa abordagem exige “que nos deixemos desafiar e comover pela condição do outro, e que a solidariedade se torne o foco principal das nossas decisões”, disse o papa.
Francisco disse que “a comunidade internacional poderá contar com o encorajamento da Santa Sé e da Igreja Católica, e com sua tenaz contribuição para que todos possam ter alimentos em quantidade e qualidade adequadas para si e para suas famílias, para que cada pessoa possa levar uma vida digna e o doloroso flagelo da pobreza e da fome no mundo possa ser definitivamente derrotado”.
