“Não iremos aceitar que nossos locais de oração sejam desrespeitados”, diz bispo de Nova Iguaçu sobre ataques a igrejas

29 de out de 2024 às 09:10

“A diocese de Nova Iguaçu ergue sua voz em repúdio e indignação diante das recentes tentativas de roubo e dos atos de vandalismo que têm violado o sagrado e ameaçado a tranquilidade das comunidades de fé”, escreveu o bispo de Nova Iguaçu (RJ), dom Gilson Andrade da Silva, em um manifesto em defesa dos espaços sagrados e da segurança dos fiéis. O texto se refere a ataques contra as paróquias “são Miguel Arcanjo, em Miguel Couto, Nossa Senhora das Graças, em Parque Flora, e Sagrada Família, em Posse”.

A comunicação da diocese informou a ACI Digital que, “de maneira geral”, estas igrejas citadas por dom Gilson “foram invadidas por meio de arrombamento das portas” e “tiveram itens destruídos, como bancos e outras coisas” na semana passada “num intervalo de três dias”. Uma comunidade da paróquia São Miguel também “teve o sacrário jogado no chão”, mas nada ocorreu com as hóstias consagradas. Para reparar este desagravo, o pároco, padre João Victor Maia, celebrou no domingo (27), uma missa em reparação deste ato.

Dom Gilson Andrade ressaltou em seu texto que “esses ataques, ocorridos em um curto espaço de tempo e de forma repetida, quase denunciam uma ação articulada para atingir o coração da nossa fé e identidade religiosa”.

“Não podemos e não iremos aceitar que nossos locais de oração e de encontro com Deus sejam desrespeitados, tampouco que nossos fiéis, homens e mulheres de fé, sintam-se vulneráveis e inseguros em espaços que deveriam ser de paz e proteção. A tentativa de violação dos sacrários, onde se guarda o Santíssimo Sacramento, é um ataque à nossa fé e aos valores que sustentam a vida em comunidade”, enfatizou o bispo, que também pediu “a colaboração das autoridades competentes em ações efetivas e duradouras que protejam esses espaços sagrados e garantam a segurança dos fiéis que neles buscam esperança, consolo e fortaleza”.

Ao final do seu comunicado, ele declarou que a diocese se solidariza com “todas as comunidades e fiéis impactados por essas ações de violência” e reafirma seu “compromisso com a defesa de cada espaço de fé e devoção, essenciais para a vida, o fortalecimento e a união de nosso povo”.

“Que permaneçamos firmes e vigilantes na proteção dos valores que nos sustentam, inspirando a paz e a harmonia para todos”, pediu o bispo.