Por Andrés Henríquez
4 de nov de 2024 às 12:29
O padre Thomas Oyode foi sequestrado do seminário menor onde trabalhava na Nigéria em 27 de outubro, depois de ter se oferecido como prisioneiro para evitar que criminosos levassem dois jovens, segundo a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).
Homens armados invadiram o seminário menor Imaculada Conceição, na diocese de Auchi, Estado de Edo, Nigéria, na noite de 27 de outubro. Eles dispararam para o alto, causando pânico entre alunos e funcionários.
Sequestros para fins de extorsão se tornaram um negócio na Nigéria, diz a ACN, e os padres são alvos frequentes. O padre Oyode se tornou o nome mais recente numa longa lista de padres sequestrados.
Ao ouvir o alvoroço, o padre saiu para enfrentar os criminosos. Ao perceber que nenhuma ajuda chegaria ao local, o padre propôs que o levassem em vez de dois estudantes. Os sequestradores aceitaram e entraram na selva com o padre Oyode.
Embora a diocese tenha inicialmente publicado um comunicado sobre o ocorrido e dito que nenhum estudante ou funcionário ficou ferido, e que os criminosos ainda não tinham contatado as autoridades da Igreja, em 29 de outubro a imprensa nigeriana disse que o grupo armado pede 200 milhões de nairas nigerianos para libertar o padre Oyode, mais de R$ 702,8 mil.
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“A Diocese de Auchi reza e exorta os sequestradores a libertarem Oyode e deixá-lo ileso”, disse um comunicado da diocese.
“Depois de fazerem a sua exigência, os sequestradores cortaram a ligação, esperando que eles (a Igreja) iniciassem as negociações. Até ontem (28 de outubro), as negociações com os sequestradores ainda não tinham começado e não sei se a família católica vai discutir negociações de resgate”, disse uma fonte ao jornal nigeriano Daily Post.
O jornal também contatou o padre Peter Egielewa, diretor de comunicação da diocese de Auchi, que confirmou a informação.
Segundo Ajuda à Igreja que Sofre, 25 pessoas, entre elas sacerdotes, seminaristas e religiosos, foram sequestradas na Nigéria em 2023. Um deles foi morto, Mais três padres foram mortos no país no ano passado.
