O papa Francisco fez hoje (5) uma visita surpresa a Emma Bonino, uma política italiana de 76 anos de idade e ex-ministra, conhecida por seu ativismo a favor da legalização do aborto.

Depois de encontrar-se hoje (5) com professores da Pontifícia Universidade Gregoriana, o papa foi à casa da ex-líder do partido Radicais Italianos, de esquerda, no centro de Roma, onde Bonino se recupera de uma recente internação por problemas cardiorrespiratórios devido a um câncer de pulmão, doença da qual ela sofre há anos.

Bonino, que atualmente faz parte do partido +Europa, foi internada às pressas no hospital do Espírito Santo, em Roma. Ao deixar hoje (5) a casa da política, o papa Francisco disse que o encontro foi “muito cordial” e que ela “está bem”.

Na década de 1970, Emma Bonino se tornou uma figura-chave na iniciativa que levou à descriminalização do aborto na Itália. Ela também foi membro do Parlamento Europeu e comissária europeia para a Ajuda Humanitária e a Proteção Civil. Em 2013, ela foi nomeada ministra das Relações Exteriores do governo do primeiro-ministro Enrico Letta.

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A mídia oficial da Santa Sé disse que o papa Francisco e Emma Bonino se encontraram em ocasiões anteriores. O primeiro encontro aconteceu em 4 de novembro de 2015, quando a então ministra das Relações Exteriores da Itália participou de uma audiência geral para apresentar novas iniciativas em favor de crianças refugiadas.

Os dois se encontraram também em audiência privada no Vaticano em novembro de 2016, quando falaram sobre o acolhimento dos migrantes e a sua integração, tema pelo qual o papa Francisco tem interesse.

Ao longo da sua carreira política, Bonino disse discordar da influência da Igreja na vida pública. No entanto, o seu trabalho como mediadora internacional e na defesa dos direitos dos migrantes tem estabelecido uma relação cordial com o papa Francisco.