O reitor do seminário menor Imaculada Conceição de Auchi, na Nigéria, padre Thomas Oyode, sequestrado em 27 de outubro, foi libertado.

O diretor de comunicações da diocese de Auchi, padre Peter Egielewa, divulgou detalhes ontem (7) sobre a libertação de Oyode e transmitiu a gratidão do bispo de Auchi, dom Gabriel Ghialhomo Dunia.

“A Diocese Católica de Auchi anuncia a libertação do Rev. Padre Thomas Oyode das mãos de seus sequestradores”, disse Egielewa, ao contar que o padre sequestrado foi libertado na quarta-feira (6), por volta das 19h (horário local).

O padre Egielewa disse que dom Dunia expressa “gratidão a todos pelas orações e apoio moral recebidos durante os 11 dias em que o padre Oyode foi mantido em cativeiro, incluindo de fiéis católicos dentro e fora da diocese, de nigerianos bem-intencionados dentro e fora do país, de amigos e simpatizantes ao redor do mundo”.

A declaração também agradeceu às agências de segurança nigerianas, aos grupos de vigilantes e aos caçadores que, segundo Egielewa, “trabalharam dia e noite” em busca do padre sequestrado.

Em sua declaração, dom Dunia pediu ao governo nigeriano em todos os níveis que trabalhe para resolver a deterioração da situação da segurança no distrito senatorial de Edo Norte, no Estado de Edo, e tome ações proativas para colocar em prática medidas que, segundo o bispo, vão garantir que as pessoas retornem às suas vidas normais e pacíficas em suas casas, em suas fazendas e no trânsito.

O padre Oyode foi sequestrado em 27 de outubro, quando homens armados atacaram o seminário menor da Imaculada Conceição, no Estado de Edo. Os criminosos atacaram quando os padres e seminaristas faziam orações noturnas e celebravam uma bênção.

Tiros no seminário fizeram com que todos os estudantes, exceto dois, fugissem do seminário no incidente noturno.

Uma fonte não identificada disse que quando os dois estudantes foram capturados por homens que seriam sequestradores fulani, Oyode interveio, ao pedir aos pastores fulani que libertassem os estudantes e o levassem no lugar deles.

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“Os sequestradores libertaram os estudantes e levaram o padre Oyode. Depois de ser sequestrado, o padre Oyode foi levado para um matagal”, escreveu a fonte em um grupo do WhatsApp para teólogos católicos africanos.

A Nigéria luta contra uma onda de violência orquestrada por gangues cujos membros fazem ataques indiscriminados, sequestros para pedir resgate e, em alguns casos, matam pessoas.

O grupo terrorista islâmico Boko Haram, que pretende transformar o país mais populoso da África em uma nação islâmica, tem sido um grande desafio no país desde 2009.

O sequestro e a libertação de Oyode ocorrem depois de uma série de outros sequestros recentes que tiveram como alvo membros do clero na Nigéria.

Em 5 de novembro, o pároco da igreja de Santa Teresa em Obollo, na diocese de Okigwe, o padre Emmanuel Azubuike, foi sequestrado enquanto voltava para casa depois de uma missão. Ele ainda não foi libertado.

Em 9 de junho, o padre Gabriel Ukeh foi sequestrado da sacristia de uma paróquia na diocese de Kafanchan e depois libertado.

O padre Oliver Buba, da diocese de Yola, foi sequestrado em 21 de maio e foi posteriormente libertado.

Em 15 de maio, a arquidiocese de Onitsha confirmou o sequestro do padre Basil Gbuzuo, que também foi posteriormente libertado.