13 de nov de 2024 às 09:33
O papa Francisco falou na audiência geral de hoje (13) sobre o “sim” de Nossa Senhora como um exemplo que encoraja a dizer também “sim” a Deus “cada vez que nos vemos confrontados com uma obediência a cumprir ou uma prova a vencer”.
O papa disse a fiéis e peregrinos que o ouviam na praça de São Pedro, no Vaticano, que o Espírito Santo faz sua obra de santificação na Igreja através de um meio “muito especial”: a piedade mariana.
Ao falar sobre o lema “Ad Iesum per Mariam (a Jesus por Maria)”, Francisco disse que “Nossa Senhora nos faz ver Jesus” e “nos abre as portas, sempre!”
“Nossa Senhora é a mãe que nos conduz pela mão em direção a Jesus. Maria nunca aponta para si mesma: Nossa Senhora aponta para Jesus. Esta é a piedade mariana: a Jesus pelas mãos de Nossa Senhora", disse o papa.
O papa disse que Nossa Senhora, “como primeira discípula e figura da Igreja, é uma carta escrita com o Espírito do Deus vivo” que por isso pode ser conhecida e lida por todos os seres humanos, mesmo por aqueles que não sabem ler livros teológicos.
Segundo o papa Francisco, ao dizer o seu “sim” e aceitar ser Mãe de Jesus, é como se Nossa Senhora dissesse a Deus: “Eis-me aqui, sou uma tábua de escrever: que o Escritor escreva o que quiser, faça de mim o que quiser o Senhor de todas as coisas”.
Assim, Francisco disse que “Maria se oferece a Deus como uma página em branco na qual Ele pode escrever o que quiser”.
O “sim” de Maria representa também, segundo o papa, “o ápice de todo comportamento religioso diante de Deus, pois expressa, da forma mais elevada, a disponibilidade passiva combinada com a disponibilidade ativa, o vazio mais profundo que acompanha a maior plenitude”.
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Francisco disse que por isso “a Mãe de Deus é instrumento do Espírito Santo na sua ação santificadora”.
“Ela sugere apenas duas palavras que todos, mesmo os mais simples, podem pronunciar em qualquer ocasião: ‘Eis-me aqui’ e ‘fiat’. Maria é aquela que disse ‘sim’ a Deus e, com o seu exemplo e a sua intercessão, incita-nos a dizer-Lhe também o nosso ‘sim’, cada vez que nos vemos confrontados com uma obediência a cumprir ou uma prova a vencer”.
O papa Francisco disse também que “entre ela e o Espírito Santo existe um vínculo único e eternamente indestrutível que é a própria pessoa de Cristo”.
Francisco disse que são Lucas Evangelista “sublinha deliberadamente a correspondência entre a vinda do Espírito Santo sobre Maria na Anunciação e a sua vinda sobre os discípulos no Pentecostes, usando algumas expressões idênticas em ambos os casos”.
O papa disse também que são Francisco de Assis, em uma de suas orações, saúda Nossa Senhora como “filha e serva do Rei Altíssimo, o Pai Celeste, mãe do Santíssimo Senhor Jesus Cristo, esposa do Espírito Santo”.
“Filha do Pai, Mãe do Filho, Esposa do Espírito Santo! Nenhuma palavra mais simples poderia ilustrar a relação única de Maria com a Trindade”, disse Francisco.
Por fim, o papa disse que a Nossa Senhora “é a esposa, mas é, antes disso, a discípula do Espírito Santo”.
“Aprendamos com ela a ser dóceis às inspirações do Espírito, especialmente quando Ele nos sugere que ‘nos levantemos depressa’ e vamos ajudar alguém em necessidade, como ela fez logo depois que o anjo a deixou”, concluiu o papa Francisco.