A Conferência Episcopal Colombiana (CEC) disse que Ramiro Arango Escobar, que se diz padre e pede que o presidente da Colômbia, Gustavo Petro instaure uma ditadura no país e que o povo colombiano se revolte, não é sacerdote da Igreja.

"O senhor Ramiro Arango Escobar não é sacerdote da Igreja Católica, Apostólica e Romana, não está em comunhão com o papa Francisco nem com os bispos católicos e, portanto, não pertence ao clero de nenhuma jurisdição eclesiástica do país", disse ontem (18) o departamento de comunicações da CEC. “As declarações e apelos do senhor Ramiro Arango Escobar não representam a Igreja Católica colombiana”.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Arango pede que o governo esquerdista de Petro assuma o controle do Conselho Nacional Eleitoral do país (CNE, na sigla em espanhol), órgão eleitoral da Colômbia, que chama de “esgoto”, e diz: “Nós pedimos, eu peço a ditadura! E peço sem medo porque sei que uma ditadura nas mãos de Gustavo Petro Orrego respeita a vida e respeita a dignidade humana. Devemos purificar todo este Estado”.

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Ao dirigir-se a Petro e também com palavras profanas, Arango diz: “Sou um padre que convida vocês para a revolta, e se não, deixem o povo se levantar. Se vocês não são capazes de governar, vamos sair às ruas e fazer justiça ao povo. Sou amigo de uma insurreição popular e estou me tornando amigo também da guerrilha! (…) Agora sou amigo da luta armada!”

Em comunicado divulgado ontem (18), a CEC diz que desde julho de 2018 a conferência episcopal “esclarece essa situação”.

Por fim, a CEC diz que, inspirada nos valores do Evangelho, tem sido enfática “no seu compromisso e apelo à busca conjunta de caminhos de encontro, diálogo e amizade social que conduzam a Nação pelo caminho de reconciliação e de paz”.