Missa tridentina que será celebrada em Alta Floresta (MT) nos dias 19, 20 e 21 de novembro “não tem a nossa aprovação e bênção”, disse em carta o bispo de Sinop, dom Canísio Klaus, diocese que abarca Alta Floresta.

Na carta, dom Canísio diz que a celebração dessa missa não está em “plena comunhão com o magistério da Igreja” e que não atesta a “validade da ordenação do celebrante e nem a autoridade eclesiástica que o envia”.

 O convite que circula nas redes sociais diz que a missa tridentina será celebrada pelo reverendo padre Divino, não diz o local e os interessados precisam se inscrever entrando em contato por telefone.

A carta do bispo, assinada também pelo chanceler, padre Gilson Cristiano Tardivos, pede que os fiéis tenham “atenção com relação àqueles que não estão em plena comunhão de fé, de sacramentos e de governo” com a Igreja Católica e querem “confundir a fé”.

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A missa em latim, também conhecida como a missa tridentina por ter sido codificada pelo concílio de Trento no século XVI, é rezada segundo os livros litúrgicos anteriores à reforma do Concílio Vaticano II. O papa Francisco publicou o motu próprio Traditionis custodes que impôs severas restrições às missas tradicionais em julho de 2021, revertendo a liberação do uso da liturgia tradicional que os papas são João Paulo II e Bento XVI iniciaram.

A carta cita as orientações da Traditionis custodes como a necessidade da autorização do bispo diocesano para a celebração da missa em latim, pois ele deve antes consultar a Santa Sé. Também diz que deve ser nomeado um padre qualificado para a celebração e para a cura pastoral dos que frequentam a missa que deve ser rezada em dia e local determinados. Por fim, diz que as leituras devem ser na língua vernácula e o grupo que celebra não pode negar a autoridade do Concílio Vaticano II. 

“Toda pessoa é livre para aderir conscientemente o credo que desejar”, continua a carta, “mas um católico que participa de celebração realizada por grupos que não estão em plena comunhão com Igreja Católica cometem um ato de apostasia, heresia e cisma, ferindo assim a unidade e a comunhão plena com a igreja de Cristo”.

“Rogamos a todo o povo”, conclui a carta”, que “procure sempre certificar-se da veracidade da informação frente ao pastor local para não perdermos a unidade como Igreja Povo de Deus”.