27 de nov de 2024 às 12:01
O arcebispo de Aracaju (SE), dom Josafá Menezes da Silva, instalou ontem (26) o tribunal para a causa de canonização do servo de Deus frei Miguel, conhecido como o “apóstolo de Aracaju”. A cerimônia aconteceu no santuário São Judas Tadeu, na capital sergipana.
“Frei Miguel foi um homem que dedicou a sua vida ao serviço do reino de Deus e contribuiu muito para a igreja de Aracaju, doando sua vida para a igreja e para o próximo. Por isso muitos já o proclamavam santo”, disse dom Josafá.
O servo de Deus frei Miguel nasceu em Cíngoli, Itália, em 30 de outubro de 1908. Ingressou no seminário dos Frades Menores Capuchinhos da província das Marcas de Ancona em 4 de outubro de 1926. Foi ordenado padre em 29 de julho de 1934, recebendo o nome de frei Miguelângelo de Cíngoli.
O frade veio para o Brasil em 1935 e, inicialmente, ficou na Bahia, onde deu aulas para seminaristas e noviços. Atuou nos municípios baianos de Esplanada, Entre Rios, Rio Real, Jandaíra, Conde, Jaguaquara e Vitória da Conquista.
Em 1963, o frei Miguel foi transferido para Aracaju, onde foi vigário, entre as décadas de 1970 e 1980, de Maruim, Santo Amaro, Rosário do Catete e General Maynard. Foi o responsável pela construção da igreja São Judas Tadeu, a igreja dos capuchinhos, em Acaraju.
Frei Miguel morreu em 9 de janeiro de 2013, aos 104 anos, com fama de santidade. Foi enterrado na paróquia São Judas Tadeu, onde em 2016 foi inaugurado o “Memorial frei Miguel”, sobre a vida do capuchinho.
Participaram ontem da instalação do tribunal para a causa de canonização o postulador para a causa, frei Carlo Calloni, o vice-postulador, frei Gleizar Campinho, o provincial dos capuchinhos da Bahia e Sergipe, frei Gilson de Jesus, o arcebispo emérito de Aracaju, dom José Palmeira Lessa, o bispo de Caruaru (PE), dom Rui Gonçalves, que é ex-provincial capuchinho.
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Constituído por decreto do arcebispo, o tribunal é formado pelo delegado, padre Pedro Reis, o promotor, padre José Lima Santana, o escrivã-atuário, Edmilson Brito, e o sub-escrivão, padre Johannes Fagner. O tribunal vai colher depoimentos de pessoas que viveram com o frei Miguel.
Durante a cerimênio, o postulador da causa, o italiano frei Carlo Calloni, que é responsável por todas as causas de canonização dos capuchinhos no mundo, fez oficialmente o pedido ao arcebispo.
Dom Josafá lembrou que a oração de súplica pela beatificação do “apóstolo de Aracaju” foi aprovada pelo terceiro arcebispo, dom José Palmeira Lessa, e que foi seu antecessor, dom João José Costa, quem solicitou à Santa Sé, em 2020, a autorização para iniciar o processo de beatificação.
Oração pela beatificação de frei Miguel
Ó Deus de amor e de ternura, que vos dignastes iluminar a vossa Igreja com o testemunho de vosso servo Frei Miguel, missionário capuchinhos da caridade e da reconciliação, concedei-nos imitá-lo na prática das virtudes. Nós Vos pedimos: glorificai-o aqui na terra, com a glória dos Santos e dai-nos, por sua intercessão, as graças de que necessitamos (menciona-se o pedido de graças em silêncio).
Fazei que, seguindo o seu exemplo, possamos irradiar o vosso amor e testemunhar a vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Pai nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai...