Reconciliação é necessária na vida social e pessoal dos argentinos, afirma Bispo

BUENOS AIRES, 10 de mar de 2006 às 15:21

O Bispo de San Isidro, Dom Jorge Casaretto, afirmou que "a reconciliação é uma atitude sempre necessária na vida pessoal e social dos argentinos", em sua mensagem para o tempo da Quaresma.

"Na medida em que apareceram sinais de recuperação social e econômica, é necessário gerar uma mais sólida convivência deixando de lado o que nos separa e enfrentando e fortalecendo tudo aquilo que nos une", indicou o Prelado.

"Desde aí a necessidade de acrescentar nossos esforços por uma maior reconciliação", destacou e assegurou que "memória, verdade e justiça, são os passos a seguir neste sentido". Deste modo afirmou que "falando de maneira cristã, qualquer processo humano que não se oriente à reconciliação, é um processo incompleto", e precisou que "o exercício da justiça, que fica encerrado nos limites da mesma, freqüentemente termina se transformando em uma situação desumana".

O Prelado insistiu em que "a reconciliação nos diz acima de tudo, que os cristãos, frente aos conflitos, sempre estaremos orientados para o amor". "A caridade está ao princípio, no meio e na resolução do conflito, e para que a solução do mesmo seja real se deve chegar ao perdão o qual implica o reconhecimento da falibilidade humana que constitui a todos em pecadores, o arrependimento da ação ou omissão errônea em que se incorreu e por fim o restabelecimento da comunhão", acrescentou.

"Todos os argentinos, mas principalmente os dirigentes, deveríamos nos encaminhar ao bicentenário de nossa pátria –destacou– com o desejo que 2010 seja o ano do reencontro e a reconciliação dos argentinos".

Finalmente destacou que "sem dúvida nesta tarefa da reconciliação, a Igreja tem uma responsabilidade maior pois a vida e os ensinamentos de Jesus são neste sentido muito exigentes. O caminho do ecumenismo e do diálogo inter-religioso, localiza-se a toda a ordem religiosa em uma situação privilegiada para favorecer o encontro e reconciliação da argentina". "Graças a Deus nestes últimos anos homens e mulheres que acreditam no único Deus professando diferentes credos vamos trabalhando nesta missão", concluiu.