Mais de 300 líderes políticos e civis de 45 países assinaram o Compromisso de Madri, para “produzir uma nova primaver a para a liberdade, a família e a cultura da vida” ao final da VI Cúpula Transatlântica da Political Network for Values (PNfV, rede política pelos valores). O senador Eduardo Girão (Novo-CE) e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) participaram da cúpula.

Por ocasião dos 30 anos do Ano Internacional da Família e dos dez anos da criação do PNfV, os seus participantes assinaram uma declaração na qual anunciam “o início de uma década de ação em favor da liberdade, da família e da cultura da vida, que marca um novo rumo para a nossa era”.

O novo presidente do PNfV, o croata Stephen Bartulica, que substitui o chileno José Antonio Kast, diz em comunicado divulgado pela instituição que esta cúpula, “mais do que um encontro, é um chamado à ação” que deve ser no âmbito global “e cada vez mais articulada”.

“Devemos lutar no campo da política, mas não basta vencer as eleições, é a cultura que no final determinará o destino das nossas nações”, acrescenta.

Cinco compromissos assumidos

Os compromissos assumidos por parlamentares, governadores e líderes da sociedade civil de três continentes reunidos em Madri são garantir “o exercício da liberdade para defender a dignidade de cada ser humano e o seu direito à vida, desde a concepção até a morte natural, e de expressar as suas próprias convicções de forma pacífica e respeitosa”.

O compromisso também inclui “promover iniciativas legislativas e políticas públicas que estabeleçam um ambiente propício à formação e estabilidade familiar, para que homens e mulheres possam exercer plenamente o seu direito universal de se casar, constituir família e educar livremente os seus filhos”.

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O terceiro dos acordos do Compromisso de Madri inclui trabalhar para garantir que os governos dos países representados adiram à Declaração de Genebra, lançada em 2020 e que promove a defesa da vida humana desde a concepção.

Os líderes políticos e civis que participaram na VI Cúpula Transatlântica do PNfV comprometem-se também a “promover o crescimento de uma aliança global para os direitos humanos universais e as liberdades fundamentais”. Também afirma “que a Declaração Universal dos Direitos Humanos seja interpretada de acordo com seu significado original”.

Em quinto lugar, os signatários da Declaração de Madri assumem a determinação de “ser geradores, em todos os ambientes ao nosso alcance, de uma cultura que celebre a vida, valorize a família e afirme o exercício responsável da liberdade”.

O documento foi acolhido por delegações da Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, Bulgária, Canadá, Camarões, Chile, Colômbia, Croácia, República Dominicana, França, Alemanha, Hungria, Itália, Quênia, México, Marrocos, Nigéria, Panamá, Paraguai, Polônia, Portugal, Romênia, Espanha, Serra Leoa, Suíça, Uganda, Ucrânia e Venezuela, entre outros países.

Entre os participantes da Cúpula estavam Nahuel Sotelo, secretário de culto e civilização da Argentina; Márton Ugrósdy, subsecretário de Estado do gabinete do primeiro-ministro da Hungria; os membros do parlamento Europeu Kinga Gal, da Hungria; Stephen Bartulica, da Croácia; Nicolas Bay, da França; Paolo Inselvini, da Itália; Margarida de Pisa, da Espanha; e Serban-Dimitrie Sturdza, da Romênia.

Também o congressista norte-americano Andy Harris; Paola Holguín, senadora e candidata presidencial da Colômbia; os parlamentares Stephan Schubert, do Chile; Nicolás Mayoraz, da Argentina; Rogelio Genao, da República Dominicana; Ignacio Garriga, da Espanha; Rita Maria Matias, de Portugal; Gudrun Kugler, da Áustria; Krzysztof Bosak e Krzysztof Szczucki, da Polônia; John Crane, membro do Senado de Indiana; e Kerri Seekins-Crowe, membro da câmara dos representantes de Montana, ambos dos EUA.

Da África, foram os parlamentares Lucy Akello, de Uganda, e Samuel Sam, embaixador para a paz do Governo da Serra Leoa, além de sete delegações do continente.