Durante um bombardeio na cidade de Aleppo, Síria, uma bomba caiu sobre o complexo franciscano do Colégio Terra Santa no domingo (1º). Não houve vítimas, mas o ataque causou muitos danos ao prédio.

Um comunicado divulgado pela ordem franciscana revelou que um ataque de míssil de um avião de guerra atingiu o mosteiro, destruindo uma de suas alas e incendiando seu depósito. Outras áreas, como o centro esportivo e a capela, também sofreram danos significativos.

Os frades disseram em seu comunicado que rejeitam categoricamente qualquer forma de violência, destacando a sua missão de paz e reconciliação onde quer que sejam enviados por Deus. Eles pediram à comunidade internacional que intervenha e faça tudo o que estiver ao seu alcance para proteger a infraestrutura da cidade de mais destruição.

 

Cômodo do Colégio Terra Santa em Aleppo destruído. Crédito: Custódia da Terra Santa
Cômodo do Colégio Terra Santa em Aleppo destruído. Crédito: Custódia da Terra Santa

Apesar do ataque, a padaria e a cozinha de caridade do mosteiro retomaram as operações no dia seguinte, preparando mais de mil refeições quentes para distribuição gratuita.

O Mosteiro do Colégio da Terra Santa, construído na década de 1940, originalmente abrigava uma escola de prestígio, que, como muitas outras instituições cristãs, foi tomada pelo governo sírio duas décadas depois. Em 2020, o amplo terreno da escola foi devolvido à Igreja. Até sexta-feira (29), sob a liderança do padre franciscano Samher Ishaq, o mosteiro oferecia serviços de desenvolvimento para a comunidade local além dos seus esforços contínuos de ajuda.

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Marcas de destruição no complexo franciscano Colégio Terra Santa. Crédito: Custódio Terra Santa.
Marcas de destruição no complexo franciscano Colégio Terra Santa. Crédito: Custódio Terra Santa.

Na semana passada, Hay'at Tahrir al-Sham, facção do grupo terrorista islâmico Al Qaeda na Síria, lançou a sua maior operação em quase nove anos contra as forças governamentais na zona rural ocidental de Aleppo.

Depois de dominar várias aldeias e cidades, o grupo terrorista tomou Aleppo e tenta agora tomar a província vizinha de Hama.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres, até ontem (3), tinham sido registadas 571 mortes desde o início da ofensiva. Do total, 98 são civis, 182 são membros do exército e de milícias aliadas e os restantes são membros do Hay'at Tahrir al-Sham e seus aliados.

A cidade também enfrenta o deslocamento interno, uma grave escassez de alimentos e um apagão quase total das redes de comunicação móvel. Os telefones fixos e roteadores de internet continuam sendo os únicos meios ​​de comunicação confiáveis.