Por Daniel Payne
6 de dez de 2024 às 11:36
A diocese de Rockville Centre, em Nova York, EUA, disse na quarta-feira (4) que um tribunal de falência aprovou seu acordo para pagar US$ 323 milhões (Cerca de R$ 2 bilhões) a 600 vítimas de abusos sexuais. É o maior valor na história de falências diocesanas dos EUA.
"Vítimas sobreviventes de abuso infantil merecem nosso respeito, nossas orações e nosso apoio pastoral", diz um comunicado da diocese. "A Igreja é grata por sua coragem e perseverança".
"Pelo bem dos sobreviventes de abuso e da missão da Igreja em Long Island”, continua o comunicado. “Oramos para que o plano traga em alguma medida cura aos sobreviventes e permita que a Igreja continue a missão salvadora de Jesus Cristo".
A diocese de Nova York anunciou em setembro que havia chegado a um acordo para vítimas de abuso depois de um processo de quatro anos que incluiu uma oferta anterior que foi rejeitada.
Na quarta-feira, o juiz de falências dos EUA Martin Glenn aprovou o acordo, dando sinal verde para o pagamento que inclui contribuições de seguradoras e igrejas diocesanas. Glenn disse que "o dinheiro sozinho não pode compensar o trauma com o qual tantos viveram por tantos anos".
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“Espero que a confirmação do plano hoje acelere o processo de indenizar os sobreviventes e ajude a deixar essa história terrível para trás, para que a Igreja possa continuar sua importante missão sem a distração do processo de falência", disse ele.
A diocese entrou com pedido de falência em outubro de 2020, após a aprovação da Lei das Vítimas Infantis do estado em 2019. Essa medida permitiu que ações judiciais de abuso sexual fossem movidas em casos anteriores em que as vítimas ainda não haviam tomado providências, muito depois de o estatuto de limitações ter expirado.
O Rockville Centre fez no ano passado uma oferta de acordo de US$ 200 milhões (R$ 1,2 bilhões) para as vítimas de abuso diocesanas, mas as vítimas não aceitaram.
A diocese disse na quarta-feira que seu objetivo "sempre foi a compensação equitativa dos sobreviventes de abuso, permitindo que a Igreja continuasse sua missão essencial".
"Acreditamos que este plano atingiu esses objetivos", concluiu.
