O Vaticano inaugurou o presépio e a árvore de Natal 2024 neste sábado (7), véspera da Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, na Praça de São Pedro, no Vaticano, no mesmo dia em que o papa Francisco criou 21 cardeais.

Na cerimônia de inauguração foi iluminado o grande abeto natural de 29 metros de altura, que, como disse o papa Francisco ao receber uma delegação das cidades italianas de Grado e Ledro, responsáveis ​​este ano pela árvore e pelo presépio, “foi cortado de acordo com os princípios ecológicos da renovação natural da floresta”.

Andrea de Walderstein, arquiteto, designer e diretor de construção do presépio, disse há poucos dias à CNA, agência em inglês da EWTN News: “somos os primeiros a levar água para [a praça] São Pedro”. Ele contou que o presépio reproduz a lagoa de Grado, cidade com cerca de 8 mil pessoas que fica em uma ilha e península adjacente no mar Adriático entre Veneza e Trieste.

Maria, José e o menino Jesus estão dentro de uma das cabanas dos pescadores, chamada de casone.

O presépio e a árvore de Natal na Praça de São Pedro, no Vaticano. Crédito: Daniel Ibáñez/EWTN News.
O presépio e a árvore de Natal na Praça de São Pedro, no Vaticano. Crédito: Daniel Ibáñez/EWTN News.

Discurso do papa Francisco

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Ao receber na manhã de sábado a delegação de Grado e Ledro, e os enviados da Palestina martirizada, que este ano levaram presépios ao Vaticano, Francisco disse que a árvore de Natal pode ser “uma bela imagem da Igreja, povo e corpo”, que gira em torno de Jesus, sua origem e centro.

O casone, onde os pescadores passam a sua vida cotidiana, continuou o papa Francisco, pode ser também “um símbolo que nos fala do Natal, no qual Deus se faz homem para partilhar a nossa pobreza, vindo construir o seu Reino na terra não com meios poderosos, mas através dos fracos recursos da nossa humanidade, purificada e fortalecida pela sua graça”.

O papa disse então que na Igreja, também no Natal, “há lugar para todos”, também para os pecadores, que “são os primeiros, os privilegiados, porque Jesus veio para os pecadores, para todos nós, não para os santos. Para todos. Não se esqueçam disso. Para todos, para todos”.

Ao meditar sobre os presépios chegados de Belém, Palestina, o papa Francisco quis recordar “os nossos irmãos e irmãs que, ali e noutras partes do mundo, sofrem a tragédia da guerra”.

Para concluir, Francisco fez votos de que não haja mais guerras e “que haja paz no mundo e para todos os homens, a quem Deus ama”.