11 de dez de 2024 às 11:25
“A primeira e mais eficaz forma de evangelização” é com amor e não com “a força dos argumentos”, disse o papa Francisco hoje (11) ao concluir o ciclo de catequeses sobre O Espírito e a Esposa em audiência geral na Aula Paulo VI, no Vaticano.
O papa disse aos fiéis e peregrinos na audiência que o Espírito Santo “conduz o Povo de Deus ao encontro de Jesus, nossa esperança” e falou sobre a expressão em aramaico “Maranatha”, que significa “Vem, Senhor!”
Francisco disse que “a ardente expectativa do regresso glorioso do Senhor”, sua última vinda, nunca “foi apagada na Igreja”.
Mas essa espera, disse o papa, “não permaneceu a única".
“A ela uniu-se também a expectativa da sua vinda contínua na situação presente e peregrinante da Igreja. E é nesta vinda que a Igreja pensa sobretudo quando, animada pelo Espírito Santo, clama a Jesus: ‘Vem!’ ”, disse Francisco.
Para o papa Francisco, esse “clamor” não se dirige apenas a Cristo, mas também ao Espírito Santo, pois, depois da Ressurreição, “o Espírito Santo é o verdadeiro “alter ego” de Cristo, Aquele que o substitui, que o torna presente e ativo na Igreja”.
“Por isso, Cristo e o Espírito são inseparáveis, também na economia da salvação”, disse o papa.
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Francisco disse que “o Espírito Santo é a nascente sempre jorrante da esperança cristã”, ao comparar a Igreja a um barco e o Espírito Santo a uma vela “que a impele e a faz avançar no mar da história, tanto hoje como no passado!”
“Esperança não é uma palavra vazia, nem um nosso vago desejo de que as coisas corram bem: a esperança é uma certeza, porque se baseia na fidelidade de Deus às suas promessas”, disse o papa.
“E por isso chama-se virtude teologal: pois é infundida por Deus e tem Deus como garante. Não é uma virtude passiva, que se limita a esperar que as coisas aconteçam. É uma virtude extremamente ativa que ajuda a fazer com que elas ocorram”, disse o papa Francisco.
Francisco disse também que o cristão “não pode contentar-se com ter esperança; deve também irradiar esperança, ser semeador de esperança”.
“Este é o dom mais bonito que a Igreja pode oferecer a toda a humanidade, principalmente nos momentos em que tudo parece impelir a amainar as velas”, disse o papa.
Ao citar as palavras de são Pedro apóstolo, que exortou os primeiros cristãos a “responder a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança” com “mansidão e respeito” (cf. 1 Pd 3, 15-16), o papa Francisco disse que “não é tanto a força dos argumentos que convence as pessoas, quanto o amor que soubermos pôr neles”.
“Esta é a primeira e mais eficaz forma de evangelização. E está aberta a todos”, concluiu Francisco.