“A vinda do Senhor nos traz a salvação: é, por isso, motivo de alegria”, disse o papa Francisco hoje (15), terceiro domingo do Advento, na missa que celebrou na Praça Austerlitz, na cidade francesa de Ajaccio.

O papa viajou hoje a Ajaccio, na ilha de Córsega, para o encerramento do congresso “Religiosidade Popular no Mediterrâneo”, que aconteceu de manhã e contou com a presença de bispos da França, Itália e Espanha. Em seguida, teve uma reunião com o clero local e com membros da vida consagrada.

Francisco chegou à Praça Austerlitz em um papamóvel, de onde saudou os fiéis, entre os quais estavam membros das confrarias que participaram do encontro sobre religiosidade popular.

Em sua homilia, o papa refletiu sobre a passagem do Evangelho em que João Batista anuncia a vinda do Messias. Ele disse que há duas atitudes espirituais com as quais as pessoas geralmente esperam esse evento: uma desconfiada e outra alegre.

Ele disse que, na primeira, a pessoa está “cheia de desconfiança e ansiedade”, preocupada só com projetos mundanos, sem esperar a obra da Providência. Segundo o papa, a desilusão e a tristeza são dois males espirituais que atualmente estão muito difundidos, especialmente “onde se difunde o consumismo”.

Mas, disse que, para esses males, São Paulo “nos oferece um remédio eficaz quando escreve: ‘em tudo, pela oração e pela prece, apresentai os vossos pedidos a Deus em ações de graças’. A fé em Deus dá esperança!”.

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Sobre a espera alegre, o papa Francisco disse que a alegria cristã não é apática ou superficial, mas é “uma alegria coração, assente num fundamento sólido, que o profeta Sofonias descreve, dirigindo-se à cidade santa: alegrai-vos porque ‘o Senhor, vosso Deus, no meio de vós, é um poderoso Salvador’”.

“Ele pode redimir nossas vidas porque é capaz de fazer o que diz! Portanto, nossa alegria não é uma consolação ilusória para esquecer as tristezas da vida (...). Por conseguinte, o advento do Senhor torna-se uma celebração cheia de futuro para todos os povos: na companhia de Jesus, descobrimos a verdadeira alegria de viver e de dar os sinais de esperança que o mundo espera”, disse o papa.

Francisco disse que “não faltam motivos graves de tristeza entre as nações: miséria, guerras, corrupção, violência". "A Palavra de Deus, porém, nos encoraja sempre”, acrescentou.

“Perante as devastações que oprimem os povos, a Igreja proclama uma esperança certa, que não desilude, porque o Senhor vem habitar no meio de nós. Assim, o nosso compromisso em favor da paz e da justiça encontra na sua vinda uma força inesgotável", reiterou.

O papa Francisco, que improvisou em várias passagens de sua homilia, renovou seu apelo para não abandonar os idosos e agradeceu aos fiéis de Córsega por continuarem a ter filhos, que são o futuro, e os incentivou a prepará-los adequadamente para receber os sacramentos.