O cardeal Angelo Amato, prefeito emérito da Congregação das Causas dos Santos que supervisionou muitas canonizações importantes, incluindo a da madre Teresa de Calcutá, morreu ontem, 31 de dezembro de 2024, aos 86 anos.

Membro dos salesianos de Dom Bosco, o cardeal Amato serviu na Santa Sé em cargos importantes ao longo de quatro décadas.

Num telegrama de hoje (1º) por causa de sua morte, o papa Francisco elogiou “o testemunho edificante deste filho espiritual de são João Bosco que durante muitos anos se dedicou com refinamento humano e generosidade ao Evangelho e à Igreja”.

A mensagem do papa foi enviada ao padre Stefano Martoglio, vigário do reitor-mor dos salesianos, e fala do “seu espírito sacerdotal e na preparação teológica com que serviu à Santa Sé”, particularmente na então Congregação para a Doutrina da Fé e a Congregação das Causas dos Santos.

A Santa Sé informou que a missa fúnebre será celebrada amanhã (2), às 14h, no altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, tendo como celebrante principal o cardeal Giovanni Battista Re. O papa Francisco fará a ultima commendatio e valedictio.

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A biografia do cardeal Angelo Amato

Nascido em Molfetta, Itália, em 8 de junho de 1938, Angelo Amato fez a primeira profissão religiosa em 1956 e foi ordenado sacerdote em 1967.

Sua carreira acadêmica o levou a cargos na educação teológica, incluindo cargos na Pontifícia Universidade Gregoriana e na Pontifícia Universidade Salesiana, onde atuou como reitor.

Ele morou um período na Grécia, onde fez pesquisas sobre teologia ortodoxa. O papa João Paulo II nomeou-o secretário da Congregação para a Doutrina da Fé em 2002, e o papa Bento XVI nomeou-o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos em 2008. Bento XVI o criou cardeal em 2010.

“Fiel ao seu lema Sufficit gratia mea (a minha graça é suficiente), mesmo nos últimos tempos marcados pelo sofrimento, abandonou-se à bondade do Pai Celeste”, disse o papa Francisco na sua mensagem.