13 de jan de 2025 às 09:12
A Conferência dos Presidentes das Principais Organizações Judaicas Americanas (COP, na sigla em inglês) pediu ao papa Francisco para "se abster de fazer comentários incendiários" sobre os combates entre as Forças de Defesa de Israel e o grupo radical muçulmano Hamas.
Líderes da COP disseram em carta datada do último dia 30 de dezembro que estão preocupados com comentários recentes que o papa fez “em relação à guerra defensiva de Israel contra o Hamas”.
“Apreciamos e compartilhamos sua preocupação com o sofrimento de civis inocentes e desejamos espalhar paz e compaixão pelo mundo”, disse o grupo. As declarações do papa, porém, “servem apenas para distorcer a legítima campanha militar de Israel e alimentar o antissemitismo e o ataque injusto ao Estado judeu”, escreveram os líderes, referindo-se aos comentários que Francisco fez em seu discurso de Natal à Cúria Romana no último dia 21 de dezembro.
“Ontem, não deixaram entrar o Patriarca [Latino de Jerusalém] em Gaza, como tinham prometido; e também ontem foram bombardeadas crianças”, disse o papa Francisco segundo a Santa Sé. “Isso é crueldade. Isso não é guerra. Quero dizê-lo porque mexe com o coração”.
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A declaração do papa "não reconhece o direito de Israel de se defender depois do massacre de 7 de outubro, quando terroristas do Hamas assassinaram 1, 2 mil civis inocentes e fizeram 251 reféns, 101 dos quais ainda permanecem em cativeiro", escreveram os líderes judeus.
“Além disso, não reconhece o uso de escudos humanos e infraestrutura civil pelo Hamas para fins terroristas, colocando toda a população de Gaza em risco”.
Não é a primeira vez que as declarações de um líder da Igreja sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas atraem críticas. A embaixada de Israel junto à Santa Sé defendeu em junho do ano passado o “direito de Israel de se defender” quando uma declaração de líderes da Igreja na Terra Santa sugeriu que a campanha em andamento de Israel em Gaza não é uma “guerra justa”.